Portugal

Nasceu em 01-03-1906, em Lisboa. Oficial das alfândegas e militante comunista, foi preso pela PVDE em 02-03-1942, quando integrava a rede de espionagem anglo-portuguesa do «SOE» (Special Operations Executive, Seção H), mais conhecida por «Rede Shell», onde era o agente H.501. Enviado para o Aljube, foi transferido, em 18-06-1942, para Caxias. Embarcou para o Tarrafal em 20-06-1942, sem ter sido julgado, ficando alojado fora do Campo. Regressou em 27-01-1944, para dar entrada no Hospital Júlio de Matos.
Nasceu em 12-06-1904, em Figueiredo, Sertã. Jornaleiro, foi preso no Posto fronteiriço da Beirã, em 24-02-1941. Levado para a sede da PVDE em 25-02-1941, recolheu à 1.ª esquadra e, entrou no circuito de transferência entre presídios: Aljube (06-03-1941), Forte de Caxias (17-03-1941) e Peniche (26-06-1941). Embarcou, em 04-09-1941, para o Tarrafal, sem qualquer julgamento ou condenação, integrando o grupo daqueles que foram deportados sem acusação política. Regressou em 20-02-1945 e foi libertado nessa data.
Nasceu em 26-07-1907, em Lisboa. Pedreiro, foi preso pela PVDE em 23-03-1939, «para averiguações», e levado, incomunicável, para uma esquadra. Transferido, em 10-04-1939, para a 1.ª esquadra, seguiu, em 13-04-1939, para Caxias e, em 04-12-1939, entrou no Aljube. Condenado, em 09-12-1939, a 5 anos de degredo numa das colónias, interpôs recurso, tendo o TME, em sessão de 20-12-1939, confirmado a sentença. Regressou, em 10-12-1939, a Caxias e, em 23-02-1940, embarcou para o Tarrafal.
Nasceu em 03-02-1928, em Lisboa. Ajudante traçador, foi entregue pela PSP de Lisboa à PIDE em 09-04-1947, «para averiguações», e levado para o Forte de Caxias. Embarcou, dois dias depois, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou incriminado, provavelmente por estar envolvido na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP. Ficou, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa seção diferente dos presos que já se encontravam no Tarrafal, vigiado por guardas da PIDE.
Nasceu em 29-08-1904, em Coimbra. Pedreiro, sindicalista, teve participação ativa nos preparativos da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, colaborando no transporte, entre o apeadeiro de Bencanta e Coimbra, cidade onde vivia e trabalhava, de dez bombas de choque conseguidas em Lisboa. Entregue pelo Comando da PSP de Coimbra à PVDE em 26-01-1934, seria condenado, em 09-02-1934, a 12 anos de degredo, ficando à disposição do governo, acusado do transporte de explosivos e da sabotagem na Central Elétrica dos Serviços Municipalizados daquela cidade, pondo-a às escuras.
Nasceu em 01-03-1905, na Marinha Grande. Operário vidreiro, registado na PVDE como «O filho do mestre Gervásio», interveio nos preparativos da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934 na Marinha Grande e, em 18 de janeiro de 1934, participou no assalto ao posto local da GNR. Preso e entregue, em 05-02-1934, à PVDE, foi condenado pelo TME, reunido na Trafaria em 24-02-1934, a 5 anos de degredo. Interpôs recurso, a sentença seria confirmada e, em 08-09-1934, embarcou para Angra do Heroísmo. Dois anos depois, em 23-10-1936, seguiu para o Tarrafal.
Nasceu em 10-08-1907, em Alguber, Cadaval. Empregado bancário e dirigente do PCP com responsabilidades políticas e ideológicas. Preso em 11-11-1935, permaneceu meses no Aljube e, em 08-01-1936, embarcou, para Angra do Heroísmo. Seguiu, em 23-10-1936, para o Tarrafal, apesar de terminada a pena imposta pelo TME, onde foi espancado e castigado com a «frigideira» aquando da tentativa de fuga em 02-08-1937. Transferido para Angra, em regime de «prisão preventiva», em 14-02-1940, seria libertado em 24-06-1940. Preso novamente em 01-08-1942, passou pelo Aljube, Caxias e Peniche.
Nasceu em 02-11-1908, no Vimeiro, Alcobaça. Empregado de escritório, foi detido no posto fronteiriço de Vilar Formoso, em 09-04-1941, por ter sido «expulso de Espanha», e entregue, em 09-05-1941, no Comando Militar da Guarda. Preso pela PVDE em 22-11-1941, «para averiguações», e levado para a Cadeia do Aljube, embarcou, em 08-01-1942, para o Tarrafal, integrando o grupo dos anarquistas. Abrangido pela amnistia de 18-10-1945, regressou a Lisboa em 01-02-1946, no vapor «Guiné», tendo saído em liberdade.
Nasceu em 27-04-1918, em Moita do Ribatejo. Grumete clarim no navio «Bartolomeu Dias», participou, em 08-09-1936, na «Revolta dos Marinheiros» organizada pela ORA. Enviado, em 19-09-1936, pelo Comando da PSP de Lisboa à PVDE, permaneceu no 3.º Posto da 14.ª esquadra, «Mitra», até ser transferido, em 12-10-1936, para a Cadeia Penitenciária. Condenado, em 13-10-1936, a 4 anos de prisão maior seguidos de 8 de degredo ou, em alternativa, a 16 anos de degredo, embarcou, em 17-10-1936, para o Tarrafal, onde foi punido com dias de internamento na «frigideira» e se filiou, em 1939, no PCP.
Nasceu em 10-02-1918, em Paranhos, Porto. Sapateiro, estaria, então, a cumprir serviço militar. Entregue pela Casa de Reclusão do Governo Militar de Lisboa à PVDE em 28-03-1942. Enviado para o Aljube, foi transferido, em 24-04-1942, para Peniche e, em 19-06-1942, passou para Caxias, a fim de seguir, em 20-06-1942, para o Tarrafal. Entregue, em 11-02-1945, «na repartição Militar daquela Região».