Portugal

Nasceu em 19-01-1901, em São Martinho do Bispo, Coimbra. Pedreiro, anarquista, com residência em Lugar da Fala, esteve envolvido, na sabotagem dos transformadores de corrente da União Elétrica Portuguesa ocorrida na madrugada de 18 de janeiro de 1934, deixando a cidade de Coimbra às escuras. Preso e enviado para Lisboa em 26-01-1934, seria condenado, em 09-02-1934, a 18 anos de degredo, ficando à disposição do Governo. Novamente submetido a julgamento em 10-03-1934, por ter interposto recurso, o TME manteve a sentença anteriormente aplicada e, em 08-09-1934, seguiu para Angra do Heroísmo.
Nasceu em 28-05-1890, em Olhão. Comerciante, foi entregue na delegação do Porto da PVDE, em 20-05-1939, pelo Comandante do vapor «Pero de Alenquer». Transferido, em 23-05-1939, para a PVDE de Lisboa, seguiu para o Aljube e, em 20-06-1939, embarcou para o Tarrafal. Segundo registo na ficha prisional: «Do seu cadastro consta que viveu em França e em Marrocos francês misturado nas organizações revolucionárias que auxiliou. Sempre «feito» em várias conspirações e algumas delas de carácter terrorista, procurou a breve trecho comer a dois carrinhos.
Nasceu em 1911, no Montijo. Telegrafista da Marinha Mercante, foi detido em 22-01-1934, por um tenente da GNR, «por andar a inutilizar os cartazes de propaganda do Estado Novo», e libertado em 25-01-1934. Emigrou para Espanha, onde esteve encarcerado na prisão provincial de Badajoz, «por suspeita de revolucionário agitador» e «onde se relacionou com vários presos por questões sociais». Libertado em 19-02-1935, entrou legalmente em Portugal e, no dia seguinte, foi preso pela PSP de Lisboa, acusado de andar a distribuir exemplares do jornal espanhol «Bandera Roja».
«O Malatesta» Nasceu em 05-01-1901, em Lisboa. Exerceu várias profissões, pertenceu às Juventudes Sindicalistas e, ligado à Legião Vermelha, envolveu-se em atentados. Deportado, em 30-04-1925, para Angra do Heroísmo, terá seguido para a Guiné, de onde se evadiu. Capturado em outubro de 1928, no Porto, e reenviado para aquele território, participou na revolta de 17 de abril de 1931 e integrou a Junta Governativa Revolucionária. Fracassada aquela, viajou para Dakar e daí para Las Palmas. Veio a ser detido em 17-09-1932.
Nasceu em 17-01-1910, em Albufeira. Padeiro, deu entrada na PVDE em 03-04-1941, ido de Almodôvar, e recolheu à 1.ª esquadra à ordem do TME. Transferido, sucessivamente, para Caxias (05-04-1941), 1.ª esquadra (22-05-1941) e, novamente, Caxias (24-05-1941), foi condenado, neste dia, a 4 anos de degredo, acusado de «ter sido detentor desde data indeterminada e portador em 24-03-1941 dum revolver de calibre 9 mm e de 4 balas para a mesma arma».
Nasceu em 1909, no Porto. Empregado de escritório, foi entregue pela PSP de Setúbal em 28-02-1931, acusado da autoria do manifesto «Ao Povo Faminto». Condenado a 90 dias de prisão na Cadeia do Aljube, seria solto em 30-05-1931. Detido em 26 de agosto de 1931, por participar nessa revolta, foi deportado, em 02-09-1931, para Timor, de onde regressou em 09-06-1933.
«O Pepe» Nasceu em 28-07-1920, em Lisboa. Serralheiro civil, foi entregue pela PSP de Lisboa na PVDE em 28-07-1943, «para averiguações». Recolheu à 1.ª esquadra (Governo Civil), seria transferido, em 09-09-1943, para Caxias e, em 21-09-1943, foi entregue ao 4.º Esquadrão da GNR, a fim de ser incorporado no «Batalhão de Trabalhadores». Aquele Esquadrão encaminhou-o, em 05-11-1943, para a PVDE, que o enviou para o Aljube e, em 21-01-1944, seguiu para Caxias. Libertado em 21-06-1944.
Nasceu em 10-08-1902, no Bombarral. Limpador da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, pertencia ao Sindicato Unitário da Indústria de Tração Elétrica, federado na Comissão Intersindical, e militava no PCP. Considerado «como agitador na preparação revolucionária do pessoal da Carris», foi detido, «para averiguações», em 10-03-1936, levado, incomunicável, para uma esquadra, e transferido, em 18-03-1936, da 1.ª esquadra para a Fortaleza de Peniche.
Nasceu em 19-07-1891, perto de Barcelos. Confeiteiro, envolveu-se na ação sindical no Porto, cooperando no âmbito da CGT, e tornou-se importante propagandista dos ideais anarquistas enquanto editor, administrador e redator de publicações. Detido em 14-05-1925, «por ser anarquista», seria solto dois dias depois. Em julho de 1932, andava fugido.
Nasceu em 14-02-1891, em Silves. Corticeiro, residia no Barreiro e esteve envolvido na organização local da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, sem que tenha sido detetado na altura. Entregue pelo Administrador do Concelho do Barreiro à PVDE em 14-12-1936, recolheu, incomunicável, a uma esquadra, seguiu, em 29-12-1936, para o Aljube e, em 17-03-1937, para Peniche. Reentrou, em 01-06-1937, no Aljube, a fim de ser deportado, em 05-06-1937, para o Tarrafal, onde integrou a Organização Libertária Prisional.