Portugal

Nasceu em 29-09-1918, em Pedrogão Pequeno, Sertã. Alfaiate em Lisboa, era militante da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas, evidenciando-se na distribuição de material de propaganda. Detido em 18-05-1935, levado para a 1.ª esquadra e julgado, em 10-08-1935, seria condenado a noventa dias de prisão, por ser menor de idade, e libertado em 19-08-1935. Voltou a ser preso em 09-10-1935, acusado de comunista, levado para uma esquadra e enviado, em 27-12-1935, para a Fortaleza de Peniche.
Nasceu em 16-09-1911, em Lisboa. 2.º fogueiro no NRP «Dão», participou na «Revolva dos Marinheiros» despoletada pela ORA em 08-09-1936. Entregue, nesse mesmo dia, pelas autoridades da Marinha à PVDE, por «insubordinação», recolheu ao 3.º Posto da 14.ª esquadra, «Mitra». Transferido, em 18-09-1936, para a Cadeia Penitenciária de Lisboa e condenado, em 13-10-1936, à pena de 4 anos de prisão maior seguidos de 8 de degredo ou, em alternativa, a 16 anos de degredo, embarcou para o Tarrafal em 17-10-1936.
Nasceu em 22-12-1911, em Langreo, Astúrias, Espanha, sendo registado pela PVDE com a nacionalidade Holandesa, a que acrescentaram «apátrida». Industrial, deu entrada na Delegação do Porto da PVDE em 19-04-1940, «para averiguações», ido de Terras do Bouro. Segundo o registo prisional, constava do seu processo «ser apátrida e um elemento suspeito e indesejável», «mobilizado pelos vermelhos espanhóis na zona de Oviedo, sendo mais tarde expulso de Espanha pelas autoridades nacionalistas».
Nasceu em 07-08-1899, em Monção. Serralheiro, a residir e a trabalhar em Espanha, foi preso no posto fronteiriço do Peso-Melgaço em 07-09-1936, entregue pelas autoridades espanholas que o detiveram e o expulsaram por estar indocumentado, «ter tomado parte ativa, ao lado dos comunistas, nos recentes acontecimentos revolucionários do País vizinho» e ser filiado no Partido Socialista Espanhol. As autoridades portuguesas detetaram, também, que «era refratário às leis militares».
Nasceu em 10-04-1908, em Lisboa. Motorista, com residência em Lisboa, foi preso em 02-05-1937, por ser considerado «extremista», e levado, incomunicável, para uma esquadra. Transferido, em 11-05-1937, para a 1.ª esquadra, entrou, no dia seguinte, na Cadeia do Aljube e, em 05-06-1937, seguiu para o Tarrafal, sem ter sido julgado. Regressou em 15-07-1940, entrou em Caxias e seria julgado pelo TME em 30-07-1940. Condenado a 24 meses de prisão, pena dada por expiada, foi libertado em 02-08-1940.
Nasceu em 1915, em Alcains, Castelo Branco. Grumete-artilheiro, pertencia, desde 1933, à ORA, desenvolvendo a sua ação na «Fragata D. Fernando», cuja célula organizou, reforçou e controlava. Foi preso em 04-03-1935, «acusado de estar filiado no PCP, de fazer parte das células organizadas dentro da Armada e de fazer distribuição de folhetos comunistas entre os seus camaradas», para além de manter ligações com civis. Levado para uma esquadra, entrou no primeiro circuito de transferência entre cárceres: Aljube (02-05-1935), esquadra (10-05-1935), Aljube (24-05-1935).
Nasceu em 25-06-1897, em Sátão, distrito de Viseu. Advogado, foi preso em maio de 1928 e deportado, em 07-06-1928, para S. Tomé, de onde se evadiu em 01-07-1928. Envolvido na «Revolta do Castelo», seria preso em Contenças e levado para o Presídio Militar de Fontelo, de onde fugiu na noite de 15-08-1928. Capturado em 29-06-1929, seguiu, em 22-07-1929, para Ponta Delgada, de onde se escapou em agosto de 1929. Capturado em 15-06-1930, foi transferido, em 08-08-1930, para Angra do Heroísmo e, depois, para o Depósito de Deportados Políticos de Santa Cruz, na Ilha Graciosa.
Nasceu em 24-06-1915, em Santa Marinha, Ribeira de Pena. Ferreiro, foi levado de Vila Pouca de Aguiar para a Delegação do Porto da PVDE, em 24-07-1940, a fim de ser julgado no TME. Condenado, em 21-08-1940, a 8 anos de degredo, acusado de «no dia 9-06-1940, no lugar da sua residência, ser portador duma pistola automática «Savage» e de 5 cartuchos que lhe foram apreendidos».
Nasceu em 27-03-1910, em Lisboa. Eletricista, foi detido em 12-06-1931, por ter sido denunciado, mediante carta anónima, que estaria envolvido com bombistas presos, sendo libertado no dia seguinte. Em 1932, estava filiado no PCP, realizando diversas atividades clandestinas, nomeadamente algumas que implicavam o recurso a engenhos explosivos. Preso em 04-08-1932 e julgado pelo TMT em 18-07-1934, seria condenado a 10 anos de degredo. Interpôs recurso e, em 25-07-1932, a pena passou para 4 anos de degredo, ficando à disposição do Governo.
Nasceu em 24-12-1922, em Lisboa. Ajudante-caldeireiro da CUF, foi preso pela PVDE em 11-05-1945, «para averiguações», enviado para a Cadeia do Aljube e solto em 22-06-1945. Preso pela PSP de Lisboa em 25-03-1947, entregue à PIDE e levado para a Cadeia do Aljube, embarcou, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido submetido a julgamento, provavelmente por estar envolvido na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP.