Júlio Ferreira

Fase I
RGP
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Nasceu em 29-08-1904, em Coimbra. Pedreiro, sindicalista, teve participação ativa nos preparativos da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, colaborando no transporte, entre o apeadeiro de Bencanta e Coimbra, cidade onde vivia e trabalhava, de dez bombas de choque conseguidas em Lisboa. Entregue pelo Comando da PSP de Coimbra à PVDE em 26-01-1934, seria condenado, em 09-02-1934, a 12 anos de degredo, ficando à disposição do governo, acusado do transporte de explosivos e da sabotagem na Central Elétrica dos Serviços Municipalizados daquela cidade, pondo-a às escuras. Embarcou, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo e, em 23-10-1936, seguiu para o Tarrafal, onde sofreu com a biliosa e se revelou poeta, músico, tocador de bandolim e compositor de marchas, como a «Hora H» e «Muito sofremos, mas venceremos». Libertado em 12-01-1946, por ter sido abrangido pela amnistia de 18-10-1945, regressou a Lisboa em 01-02-1946, no vapor «Guiné».