Portugal

Nasceu em 08-04-1905, em Mação, Santarém. Diplomado, em 1926, pelo Instituto das Missões Civilizadoras Laicas, frequentou, depois, a Escola Superior Colonial. Esteve ligado ao PRP, foi maçon e tornou-se militante do PCP. Quando estudante, foi detido em 01-12-1927, por se manifestar contra a Ditadura, e solto no mesmo dia. Preso em 22-07-1928, por suspeita de envolvimento na «Revolta do Castelo», de 20-07-1928, seria libertado em 18-08-1928. Integrou, em 1931, o Secretariado do PCP, entrou na clandestinidade e, em 20-02-1933, seria preso.
«Manuel da Horta» ou «Manuel da Amora» Nasceu em 21-05-1887, em São Martinho da Anta, Sabrosa. Militante anarquista e libertário, residia na Amora e trabalhava como servente de pedreiro na Fábrica da Pólvora. Participou na preparação do 18 de janeiro de 1934, em Almada. Preso em 30-01-1934, sendo ferido durante a captura, acusado de ter transportado «cerca de 100 bombas para serem utilizadas na greve revolucionária», possuir arma proibida e 20 munições.
Nasceu em 26-04-1907, em Silves. Ferroviário anarcossindicalista do Barreiro, cultivou o esperanto e, no âmbito da CGT, envolveu-se na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso em 26-01-1934 e entregue à PVDE em 05-02-1934, passou pela 1.ª esquadra e Casa de Reclusão do Governo Militar de Lisboa, na Trafaria. O TME despronunciou-o em 06-03-1934, mas continuou detido. Entregue, em 08-03-1934, à PSP de Faro, por causa dos acontecimentos do 18 de janeiro em Silves, regressou à Diretoria da PVDE em 10-03-1934: julgado em 12-05-1934, seria absolvido e libertado da Trafaria.
Nasceu em 02-08-1912, no Porto. 1.º artilheiro no NRP «Bartolomeu Dias», participou, em 08-09-1936, na «Revolta dos Marinheiros» organizada pela ORA. Entregue, nesses mesmo dia, pelas autoridades da Marinha à PVDE, «por insubordinação», foi levado para o 3.º Posto da 14ª esquadra, Mitra, e enviado, em 18-09-1936, para a Cadeia Penitenciária. Condenado, em 13-10-1936, a 4 anos de prisão maior celular, seguidos de 8 de degredo ou, em alternativa, a 16 de degredo, embarcou, em 17-10-1936, para o Tarrafal, onde trabalhou como magarefe.
Nasceu em 22-01-1905, no Crato. Pedreiro, participou na revolução de 26-08-1931 e, preso nesse mesmo dia por soldados do Batalhão de Caçadores 5, seguiu, em 02-09-1931, para Timor. Autorizado a regressar por estar abrangido pela amnistia de 05-12-1932, desembarcou em 09-06-1933 e continuou a residir em Lisboa. Detido, em 16-04-1937, «para averiguações», recolheu, incomunicável, a uma esquadra, passou, em 02-05-1937, para a 1.ª esquadra e, em 02-06-1937, entrou no Aljube. Deportado, em 05-06-1937, para o Tarrafal, «como medida de segurança» por ser considerado «bombista».
Nasceu em 07-11-1908, em Santa Maria, Lagos. Trabalhador, foi entregue pelo Delegado do Procurador da República da Comarca de Lagos na sede da PVDE em 11-05-1939. Enviado para a 1.ª esquadra, seguiu, no dia seguinte, para Caxias, e regressou àquele posto policial em 01-06-1939. Condenado, em 03-06-1939, na pena de 2 anos de degredo, embarcou, em 20-06-1939, para o Tarrafal. Fazia parte daqueles deportados que não eram politizados, nem integravam nenhuma das organizações criadas por afinidades ideológicas, tendo sido enviado para o Campo por delito comum.
Nasceu em 15-04-1915, em Portalegre. Trabalhador, foi enviado pelo Cônsul de Portugal em Rabat à PVDE em 12-08-1938. Recolheu à 1.ª esquadra, dando início ao circuito de transferências entre cárceres: Aljube (21-08-1938), Caxias (24-09-1939), Aljube (06-10-1939), Caxias (24-11-1939) e, novamente, Aljube (22-12-1939). Entregue no Juízo de Direito da Comarca de Castelo de Vide em 03-01-1940, regressou à sede da PVDE em 11-01-1940, enviado pelo Delegado do Procurador da República naquela Comarca.
Nasceu em 15-03-1902, em Penamacor. Manipulador, a residir em Lisboa, foi preso em 16-04-1937 e levado, incomunicável, para a 7.ª esquadra. Transferido, em 08-05-1937, para a 1.ª esquadra e, em 02-06-1937, para a Cadeia do Aljube. Embarcou, em 05-06-1937, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou formulada acusação. Regressou em 10-05-1943, continuou preso e passou pelo Aljube, onde entrou nesse mesmo dia, Caxias (02-07-1943) e, novamente, o Aljube (09-12-1943), a fim de ser julgado pelo TME em 10-12-1943.
Português, nasceu em 05-01-1918, no Rio Grande do Sul, Brasil. Estudante a cumprir serviço militar, foi entregue pelo Grupo de Artilharia Contra Aeronaves n.º 1 à PVDE em 31-10-1941. Recolheu à 1.ª esquadra, passou por Peniche (02-11-1941) e Aljube (14-11-1941), tendo embarcado, em 17-11-1941, para o Tarrafal, em conformidade com o despacho do Subsecretário de Estado da Guerra. Libertado em 10-09-1943, data em que recebeu guia de marcha para se apresentar na Secretaria Militar da Praia.
Nasceu em 08-11-1909, em São Pais, Melgaço. Pedreiro, foi preso pela Guarda Fiscal na fronteira de Peso-Melgaço em 02-09-1936 e entregue no respetivo Posto da PVDE, «sob a acusação de ter atravessado clandestinamente a fronteira», «suspeita de ter tomado parte, como comunista, no movimento revolucionário do País vizinho» e estar indocumentado. Levado para a cadeia da Comarca de Melgaço, seria transferido, no dia seguinte, para Valença e, depois, em 05-09-1936, para a Delegação do Porto da PVDE. Entrou, em 15-10-1936, em Caxias e, em 17-10-1936, embarcou para o Tarrafal, sem ter sido julgado.