Portugal

Nasceu em 27-07-1906, em Silves. Corticeiro, a residir e a trabalhar em Silves, teve intervenção ativa na organização da greve local de 18 de janeiro de 1934, integrando a fação anarcossindicalista. Além de participar em diversas reuniões, arranjou seis bombas que trouxera de Lisboa e, no dia aprazado, forçou a entrada na Associação de Classe Corticeira, entretanto encerrada pelas autoridades do Estado Novo, onde terá hasteado a sua bandeira, e percorreu as fábricas de Silves a incitar os operários à greve, tendo facilmente conseguido mobilizá-los.
«O Polim» Nasceu em 1896, em Vila da Feira. Sapateiro, com residência em Espinho, foi preso em 21-05-1931, pelo Comando da PSP de Aveiro, acusado de ser «comunista e bombista» e um «elemento agitador muito perigoso», tendo chefiado um grupo civil nos tumultos e manifestações realizadas em Espinho na noite de 1 de maio, na sequência do funeral do estudante João Martins Branco, assassinado pela polícia em abril de 1931. Considerado um elemento perigoso «pela facilidade com que maneja uma navalha» e já ter sido várias vezes preso em Aveiro, foi deportado, em 06-06-1931, para Cabo Verde.
Nasceu em 11-12-1911, na ilha do Pico, Açores. Aprendiz de Carpinteiro, com residência no Faial, foi posto à disposição da PVDE pelo Comando da PSP da Horta em 28-07-1941. Enviado para Lisboa, recolheu, incomunicável, a uma esquadra, iniciando o percurso pelos diferentes cárceres políticos: Aljube (29-11-1941), Forte de Caxias (16-01-1942), Peniche (24-04-1942) e, novamente, Caxias (19-06-1942). Transferido, em 20-06-1942, para o Tarrafal, onde não era considerado como «antifascista», mas um «anglófilo e protestante».
Nasceu em 27-05-1909, em Parada do Monte, Melgaço. Mineiro, com residência em Perpignan, França, foi preso pelo Posto de Beirã em 03-04-1941 e transferido, no dia seguinte, para a diretoria da PVDE. Recolheu à 1.ª esquadra e entrou no ciclo de transferências entre presídios: Aljube (10-04-1937), Forte de Caxias (20-06-1941) e Peniche (22-06-1941). Embarcou, em 04-09-1941, para o Tarrafal, por ter vindo de Espanha. Regressou em 20-02-1945 e foi entregue, de imediato, ao Governo Militar de Lisboa.
«O chapéu pequenino» Nasceu em 06-03-1915, em Vila de Senhorim, Nelas. Trabalhador, foi entregue pela PSP de Lisboa à PIDE em 09-04-1947, «para averiguações». Enviado para Caxias, embarcou, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou incriminado, provavelmente devido à greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP. Vigiado por guardas da PIDE, ficou numa seção diferente dos presos que já se encontravam no Campo. Libertado em 30-09-1947, ficou a aguardar viagem para o Continente.
Nasceu em 10-02-1907, em Albergaria-a-Velha. Padeiro, com residência em Lisboa, foi preso em 08-08-1937, «para averiguações». Levado incomunicável, para uma esquadra, iniciou o ciclo de transferências por vários cárceres: Diretoria da PVDE (21-08-1937), Penitenciária de Lisboa (23-08-1937), Penitenciária (27-08-1937), Aljube (14-09-1937), Penitenciária (25-10-1937), Aljube (19-01-1939), Caxias (05-04-1939l), Peniche (03-04-1940) e Aljube (25-01-1941).
Nasceu em 08-07-1904, em Sobral da Lagoa, Óbidos. Trabalhador, foi entregue à PVDE pelo Tribunal Criminal das Caldas da Rainha em 10-03-1941, para responder no TME. Recolheu à 1.ª esquadra e entrou no ciclo de transferências entre cárceres: Caxias (11-03-1941), 1.ª esquadra (28-03-1941) e, de novo, Caxias (31-03-1941).
Nasceu em 27-05-1897, em Arruda dos Vinhos. Envolveu-se ainda novo na ação sindical, sendo dos anarquistas e anarcossindicalistas com ação de destaque na CGT e no jornal «A Batalha». Preso em 06-06-1927, «por ser anarquista» e, em 26-10-1927, «por conspirar contra a Ditadura Militar» e estar referenciado como um dos «orientadores do movimento extremista», seria deportado, em 15-11-1927, para Novo Redondo, Cuanza Sul, Angola. Em 1931, encontrava-se com residência fixada na ilha do Pico, no Açores, e, em abril, envolveu-se na «Revolta das Ilhas».
Nasceu em 02-01-1896, em Santiago, Monção. Canteiro/pedreiro, com residência em Pontevedra, Espanha, foi preso no posto fronteiriço do Peso-Melgaço em 07-09-1936, entregue pelas autoridades espanholas que o detiveram e o expulsaram por estar indocumentado e «ter tomado parte ativa nos recentes acontecimentos revolucionários do País vizinho». No seu Cadastro Político aparece referenciado como filiado no Partido Socialista Espanhol, enquanto no Registo Geral de Presos a filiação é no Partido Comunista.
Nasceu em 15-11-1903, em Braga. Referenciado como trabalhador, a residir em Lisboa, foi preso em 14-04-1937, por ser «extremista», recolhendo, incomunicável, a uma esquadra. Transferido, em 02-06-1937, para o Aljube, seguiu, em 05-06-1937, para o Tarrafal, onde foi punido, por mais de uma vez, com dias de internamento na «frigideira», ficando a pão e água em dias alternados. Abrangido pela amnistia de 18-10-1945, regressou a Lisboa em 01-02-1946, no vapor «Guiné», saindo em liberdade.