«O Polim»
Nasceu em 1896, em Vila da Feira. Sapateiro, com residência em Espinho, foi preso em 21-05-1931, pelo Comando da PSP de Aveiro, acusado de ser «comunista e bombista» e um «elemento agitador muito perigoso», tendo chefiado um grupo civil nos tumultos e manifestações realizadas em Espinho na noite de 1 de maio, na sequência do funeral do estudante João Martins Branco, assassinado pela polícia em abril de 1931. Considerado um elemento perigoso «pela facilidade com que maneja uma navalha» e já ter sido várias vezes preso em Aveiro, foi deportado, em 06-06-1931, para Cabo Verde. Por não estar abrangido pela amnistia de 05-12-1932, continuou com residência fixada naquele Arquipélago e, em 20-08-1937, foi enviado pelo Governador para o Tarrafal, onde era conhecido pela sua profissão e seria punido com dias de internamento na «frigideira». Considerado por Pedro Soares um «provocador», integrou o grupo dos «rachados», colaborando com a direção do Campo e prejudicando os deportados políticos. Regressou em 20-02-1945, sendo libertado no mesmo dia.