Portugal

Nasceu em 09-11-1899, em Lisboa. Pedreiro, pertenceu às Juventudes Sindicalistas e à CGT, sendo seu secretário entre 1919 e 1933. Dirigente anarcossindicalista, foi detido em agosto de 1923, inculpado de distribuir manifestos. Com a Ditadura Militar, passou à semiclandestinidade e integrou o comité de ação da CGT que decretou a greve geral revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso em 11-12-1933, sob a acusação de distribuir explosivos a militantes insurrecionais, seria condenado, em 09-03-1934, a 12 anos de degredo, ficando à disposição do Governo.

Nasceu em 1905, em Sacavém. Serralheiro nas Oficinas Gerais dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, aderiu ao PCP em 1933. Participou, na madrugada de 28-02-1935, na afixação, no Barreiro e Lavradio, de tarjetas «Contra a guerra imperialista e o fascismo», «Contra a ditadura de Salazar», pelo apoio ao «Socorro Vermelho Internacional» e pela «Jornada de 7 horas sem redução de Salários». Simultaneamente, foram hasteadas bandeiras vermelhas e uma, com a foice, o martelo e as iniciais do P.C.P. surgiu no topo da chaminé das oficinas da CP.
Nasceu em 03-04-1886, em S. Filipe, Cabo Verde. Diplomado com o Curso Superior do Comércio, era comerciante, proprietário agrícola e armador em Cabo Verde. Republicano convicto e ativista político na I República, tendo sido fundador e proprietário do jornal «A Voz de Cabo Verde», pertencia à Associação Comercial Barlavento da ilha de São Vicente e protestou contra a inépcia da administração colonial portuguesa em assegurar o abastecimento do arquipélago, referindo a hipótese de recurso aos britânicos para garantir esses meios.
Nasceu em 15-11-1896, no Porto. Carpinteiro, com residência naquela cidade, onde tinha uma oficina, foi preso em 1930 e terá sido deportado para Timor, acusado de envolvimento num atentado bombista em preparação. Em 1937, encontrava-se degredado em Moçambique e, «em virtude da propaganda comunista que ali desenvolvia», enviado para Lisboa, tendo-se evadido «do navio em que vinha, simulando um suicídio e sendo capturado quando já em terra fugia à ação da Polícia».
«O Garradas» Nasceu em 18-05-1884, em Silves. Corticeiro, anarcossindicalista desde jovem, era bom orador e destacou-se na sua associação de classe. A viver e a trabalhar no Barreiro, nomeadamente na fábrica Cantinho & Marques, envolveu-se nos preparativos da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934.
Nasceu em 16-10-1911, em Vinhó, Arganil. Em Lisboa, foi marçano e aprendeu o ofício de padeiro, tornando-se amassador. Filiado na Aliança Libertária Portuguesa, integrou a direção da Associação de Classe dos Manipuladores de Pão e pertenceu à sua Comissão Administrativa. Empregado numa padaria da Rua D. Pedro V, participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, sendo preso nesse dia, acusado de ter à guarda bombas de dinamite e material de propaganda.
Nasceu em 21-03-1911, em Lugar da Quinta, Boticas. Trabalhador, foi preso em 25-07-1935, no Posto de Valença, por ter sido expulso de Espanha, dando entrada naquela Comarca. Transferido, em 30-07-1935, para Vila Nova de Cerveira e confiado, em 06-08-1935, ao Subdelegado do Procurador da República. Entregue, em 31-07-1941, pela Comarca de Boticas à Delegação do Porto da PVDE, ficou à ordem do TME, pelo qual foi julgado em 13-08-1941 e condenado a dez anos de degredo. Recorreu da sentença, mas, em 31-08-1941, entrou no Forte de Caxias para ser deportado, em 04-09-1941, para o Tarrafal.
Nasceu em 10-03-1907, em Oliveira de Frades, Viseu. Soldador, foi detido, «para averiguações», em 05-11-1942, enviado para o Aljube e libertado quatro dias depois, em 09-11-1942. Preso pela PIDE em 02-04-1947, novamente «para averiguações», seguiu para o Forte de Caxias e embarcou, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou incriminado, provavelmente por estar envolvido na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP.
Nasceu em 01-01-1898, em Urros, Moncorvo. Marmorista no Porto, foi detido em 02-01-1932, por fazer parte da Confederação Geral do Trabalho. Libertado em 13-02-1932, seria novamente preso em 14-04-1932, acusado de participar em «atentados dinamitistas» no Porto.
Nasceu em 28-12-1893, na Polónia. Químico, foi detido em 02-07-1941, «por emigração clandestina e indocumentado», levado para Caxias e libertado em 04-10-1941. Preso pela PVDE em 22-02-1943, nas Caldas da Rainha, localidade onde lhe tinha sido fixada residência, e encaminhado para o Aljube, acusado de falsificar passaportes com os quais pretendia trazer a família de França, já que a mulher e os filhos se encontravam num campo de concentração em Lyon. Embarcou, em 12-06-1943, para o Tarrafal, sem julgamento. Regressou em 01-02-1946, ingressou no Aljube e, no mesmo dia, seguiu para Caxias.