Nasceu em 09-11-1899, em Lisboa. Pedreiro, pertenceu às Juventudes Sindicalistas e à CGT, sendo seu secretário entre 1919 e 1933. Dirigente anarcossindicalista, foi detido em agosto de 1923, inculpado de distribuir manifestos. Com a Ditadura Militar, passou à semiclandestinidade e integrou o comité de ação da CGT que decretou a greve geral revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso em 11-12-1933, sob a acusação de distribuir explosivos a militantes insurrecionais, seria condenado, em 09-03-1934, a 12 anos de degredo, ficando à disposição do Governo. Seguiu, em 08-09-1934, para Angra de Heroísmo e, em 23-10-1936, para o Tarrafal, onde conheceu a «frigideira», destacando-se na Organização Libertária Prisional e preparou, voluntariamente, as lápides dos que faleciam. Entregue, em 31-12-1945, ao ministério da Justiça. Apesar da pena estar cumprida em março de 1946, continuou encarcerado por lhe faltar pagar vinte contos de multa. Regressou em 10-11-1949 e a liberdade definitiva foi-lhe concedida em 22-11-1952. Após o 25-04-1974, participou no renascer do movimento libertário e na reativação do jornal «A Batalha». Faleceu em 30-11-1998, em Lisboa, com 99 anos.
O segredo das prisões atlânticas
Memórias
Autor: Acácio Tomás de Aquino
Edição: A Regra do Jogo, 1978