Portugal

Nasceu em 11-07-1908, em Lisboa. Pintor decorador, pertenceu à direção da SNBA e tornou-se, em 1931, militante do PCP, onde integrou, em 1932, o Comité Regional de Lisboa, o Comité Central e o seu Secretariado, com responsabilidades na ORA. Detido em 28-10-1933, em Faro, entrou na Penitenciária, foi transferido para Peniche e embarcou, em 19-11-1933, para Angra do Heroísmo onde, em 20-08-1934, seria condenado em 690 dias de prisão e esteve, por duas vezes, internado no Hospital Militar.
Nasceu em 10-10-1914, em Castro Marim, Faro. Identificado como trabalhador a residir em Ayamonte, foi entregue pela polícia espanhola no Posto de Vila Real de Santo António em 18-08-1941. Recolheu à cadeia desta Comarca e, em 22-08-1941, passou para a alçada da PVDE, entrando no Aljube. Transferido, em 02-09-1941, para o Forte de Caxias, circulou entre esta cadeia, o Aljube e Peniche até ser enviado, em 20-06-1942, para o Tarrafal, sem julgamento ou culpa formada. Por ter sido abrangido pela amnistia de 18-10-1945, regressou em 01-02-1946, no vapor «Guiné».
Nasceu em 10-07-1897, em Lisboa. Motorista, foi capturado pela PSP de Faro, por andar fugido, e entregue, em 09-12-1936, à PVDE. Levado incomunicável para uma esquadra, entrou, em 15-01-1937, no Aljube, sendo transferido, em 16-03-1937, para Peniche, onde permaneceu até 02-04-1937, por ter sido despronunciado pelo TME. Pouco depois, em 10-04-1937, voltou a ser detido, a pedido do 2.º Tribunal Militar Territorial, e levado para o Aljube, de onde foi libertado em 23-04-1937, por ter sido absolvido por aquele. A última prisão, «para averiguações», aconteceu em 21-07-1937.
«O Carvalho das Batatas» Nasceu em 10-12-1884, em Póvoa de Lanhoso. Comerciante, passou 40 anos a caminho das cadeias e esteve deportado em Angola e Cabo Verde. Preso durante a monarquia (1898, 1908, 1909) e na I República (em 1917, 1918 e 1920), foi detido em 19-05-1927, em Tomar, por ter participado no movimento revolucionário de fevereiro e acusado da morte de uma praça da GNR. Enviado, em 14-06-1927, para a Penitenciária, passou por diferentes cárceres até ser deportado, em 29-06-1929, para África, regressando de Angola em 05-11-1934.
Nasceu em 23-04-1896, em Viana do Castelo. Canteiro, foi preso pela Delegação do Porto da PVDE em 01-11-1939, «para averiguações», e transferido, em 28-01-1941, para Lisboa: recolheu à 1.ª esquadra e, em 30-01-1941, entrou no Depósito de Presos de Caxias. Segundo a sua «Biografia Prisional», viera de Espanha, onde exerceu «o cargo de tesoureiro do Sindicato da União Geral de Trabalhadores», «tomou parte ativa nos acontecimentos militares em Oviedo, em 1934» e, durante a Guerra Civil, «comparticipou» em ocorrências em Grado.
Lituano, nasceu em 05-04-1911. Operário, foi preso pela Delegação do Porto da PVDE em 15-07-1939, «para averiguações», por ter entrado no país clandestinamente e indocumentado. Transferido, em 10-06-1949, para Lisboa, passou pela 1.ª esquadra e, em 12-06-1940, seguiu para o Forte de Caxias. Por ter permanecido em Espanha durante a Guerra Civil, «havendo a suspeita de ter estado ao lado dos vermelhos», um despacho do ministro do Interior Mário Pais de Sousa de 10-05-1940 determinou a sua ida para o Tarrafal.
Nasceu em 14-12-1909, em Almada. Professor, aderiu, em 1933, à Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas e, no ano seguinte, ao PCP, coadjuvando na redação do «Avante!». Em finais de 1935, integrou o Secretariado, devido à detenção dos principais dirigentes: responsável pela imprensa, envolveu-se na formação da Frente Popular Portuguesa (FPP). Deslocou-se a Madrid e, em 22-11-1937, regressado de Espanha, seria capturado pela PVDE e passou, repetidamente, pelo Aljube e outras esquadras, num percurso revelador das torturas a que o submeteram.
«O Cantador de Fado» ou «O Diabo» Nasceu em 07-07-1912, em Lisboa. Empregado comercial, foi detido pela PSP em 26-02-1933, quando pertencia às Juventudes Comunistas, levado para o Governo Civil e entregue à Polícia de Defesa Política e Social. Julgado pelo TME em 02-03-1934, seria libertado em 21-12-1934. Preso em 24-04-1935, «por extremista», quando era soldado recruta no Regimento de Artilharia de Costa N.º 1 - Trafaria, entrou na 1.ª esquadra, foi transferido, em 16-05-1935, para Peniche, voltou, em 12-07-1935, ao Governo Civil e saiu em liberdade em 22-07-1935, já licenciado.
Nasceu em 11-09-1891, no Barreiro. Ajudante de motorista, com residência em Lisboa, foi preso em 21-07-1937, «para averiguações». Conduzido, incomunicável, para uma esquadra, seguiu, em 06-11-1937, para o Tarrafal, sem ter sido acusado, julgado ou condenado. Regressou em 01-10-1944 e levado para o Forte de Caxias, foi libertado em 12-12-1944, sete anos depois da sua detenção.
Nasceu em 17-11-1891, em Sintra. Funcionário público no Instituto de Orientação Profissional e contabilista ligado aos ferroviários, colaborava, desde 1933, com Manuel Vieira Tomé num movimento grevista revolucionário de caráter político, precedido de uma greve geral.