Portugal

Nasceu em 18-07-1905, em Lisboa. Serralheiro-mecânico e militante anarcossindicalista, com residência em Laveiras, foi preso pela PVDE em 07-11-1936, «para averiguações». Levado para uma esquadra, passou, em 13-01-1937, para a 1.ª esquadra, dando início à transferência sistemática de local de reclusão: Aljube (19-01-1937), 18.ª esquadra (22-01-1937), 1.ª esquadra (30-01-1937), Aljube (01-03-1937), Peniche (02-04-1937) e, de novo, Aljube (01-06-1937).
«O Russo» Nasceu em Lisboa, em 18-07 ou 03-08-1918. Fundidor, aderiu ao PCP quando trabalhava no Arsenal da Marinha. Preso em 07-09-1935 e levado para uma esquadra, circulou entre o Aljube e Peniche. Condenado, em 06-05-1936, a 18 meses de prisão, seguiu, em 17-10-1936, para o Tarrafal onde, cumprida a pena, permaneceu em prisão preventiva e adoeceu com uma biliosa.
Nasceu em 10-01-1903, em Vieira de Leiria. Picador de limas, militava no PCP desde 1933. Aquando da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, envolveu-se nas ações de Benfica e interveio no arremesso de bombas contra a máquina do comboio de passageiros que circulava entre o Calhariz e o Rossio. Preso em 07-03-1934, passou pela 7.ª esquadra, 1.ª esquadra (23-03-1934) e Aljube (19-04-1934). Condenado, em 14-08-1934, a 12 anos de degredo, ficando à disposição do Governo, embarcou, em 23-09-1934, para Angra do Heroísmo.
«O Neco» Nasceu em 17-12-1917, em Viseu. Serralheiro, foi entregue na PVDE em 19-05-1942, quando era soldado, a fim de ser encarcerado no Tarrafal durante um ano, conforme despacho do Subsecretário de Estado da Guerra, Santos Costa. Enviado para o Aljube e transferido, sucessivamente, para o Forte de Caxias (04-06-1942), Aljube (12-06-1942) e Caxias (18-06-1942), embarcou, em 20-06-1942, para Cabo Verde. Regressou do Tarrafal em 12-08-1943, tendo sido libertado nesta data.
«O Álvaro das Carnes Verdes» ou «O Gonçalves das Carnes Verdes» Nasceu em 1899, em Lisboa. Cortador de carnes e militante do PCP, liderou, em 1931, a passagem da Associação de Classe dos Trabalhadores em Carnes Verdes de Lisboa da CGT para a CIS onde, em setembro de 1933, desempenhou funções diretivas e se envolveu na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Continuou ligado ao sindicalismo ilegal e, em 17-04-1934, seria preso por andar fugido e ser «agente de ligação» de José de Sousa.
Nasceu em 24-11-1909, na Cidade da Praia, Cabo Verde. Estudante, integrou a direção da FJCP. Preso em 17-09-1932, numa reunião do PCP, foi submetido a «apertado interrogatório», torturado e espancado. Desertor, por não se apresentar, em agosto, em Mafra, seria entregue, em 15-12-1932, às autoridades militares. Evadiu-se em 06-02-1933 e refugiou-se em Madrid. Julgado pelo TME de 16-12-1933, ficou abrangido pela amnistia de 05-12-1932 quanto à ação política. Regressou, clandestinamente e reassumiu funções políticas e doutrinárias.
Nasceu em finais do século XIX, no Porto. Pintor, com residência em Lisboa, era militante do PCP e foi preso na serra de Monsanto em 24-04-1932, quando ensaiava, com outros ativistas, engenhos explosivos a utilizar nas ações do 1.º de Maio. Entrou no Aljube em 05-05-1932 e, em 24-05-1932, passou para a Penitenciária de Lisboa. Acusado de «comunista e bombista» e de ser um dos responsáveis pela preparação de ações violentas no primeiro quadrimestre de 1932, seria julgado, em 20-10-1934, pelo TME e condenado a 12 anos de degredo.
Nasceu em 03-01-1914, em Lisboa. Montador mecânico, era comunista e participou na Guerra Civil de Espanha, onde terá sido tanquista. Detido no posto fronteiriço de Beirã em 16-04-1941 e entregue à PVDE, recolheu, no dia seguinte, à 1.ª esquadra. Seguiu, em 01-05-1941, para o Aljube, passou por Caxias (15-05-1941) e Peniche (22-06-1941), até ser deportado, em 04-09-1941, para o Tarrafal, sem julgamento ou acusação. Regressou em 20-02-1945 e saiu em liberdade.
Nasceu em 15-02-1916, em Tortosendo. Soldador, foi detido no Barreiro, «para averiguações», em 24-08-1943, enviado para o Forte de Caxias e libertado em 12-11-1943. Preso em 26-03-1947, «para averiguações», e levado para Caxias, seguiu, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido condenado, provavelmente por estar associado à paralisação dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP. Ficou, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa seção diferente dos presos que já se encontravam no Campo, vigiado por guardas da PIDE.
Nasceu em 24-02-1906, em Tomar. Pedreiro, a residir em Lisboa, foi preso em 13-04-1937, «por extremista», e levado para o «segredo» da Cadeia do Aljube. Passou, em 01-05-1937, para uma esquadra, incomunicável, seguiu, em 07-05-1937, para a 1.ª esquadra e regressou, em 02-06-1937, ao Aljube, a fim de ser deportado, em 05-06-1937, para o Tarrafal, sem julgamento ou processo. Regressou de Cabo Verde em 01-10-1944, recolheu a Caxias e, em 01-11-1944, seria julgado pelo TME. Condenado a dez anos de degredo, ingressou, em 04-12-1944, em Peniche.