Américo Martins Vicente

Fase I
RGP
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Nasceu em 18-07-1905, em Lisboa. Serralheiro-mecânico e militante anarcossindicalista, com residência em Laveiras, foi preso pela PVDE em 07-11-1936, «para averiguações». Levado para uma esquadra, passou, em 13-01-1937, para a 1.ª esquadra, dando início à transferência sistemática de local de reclusão: Aljube (19-01-1937), 18.ª esquadra (22-01-1937), 1.ª esquadra (30-01-1937), Aljube (01-03-1937), Peniche (02-04-1937) e, de novo, Aljube (01-06-1937). Daqui, seria enviado, em 05-06-1937, para o Tarrafal, onde permaneceu cerca de nove anos sem qualquer julgamento ou condenação e integrou a Organização Libertária Prisional. Abrangido pela amnistia de 18-10-1945, foi libertado em 12-01-1946, «bastante combalido», e regressou, no vapor «Guiné», em 01-02-1946, tendo deixado uma mensagem de despedida «aos camaradas libertários». Segundo Antónia Gato, esteve entre «os elementos que pugnavam pela integridade dos princípios libertários, «contra o poder do Estado» – em conjugação com os sindicalistas Abílio Guimarães, António Gato Pinto, João Gomes, Joaquim Pedro, José de Almeida, José Correia Pires e José Reboredo – em oposição à orientação política «que vinha sendo seguida sob a influência dos interesses dos comunistas». Depois de Abril de 1974, colaborou na republicação do jornal «A Batalha». Faleceu em 1989.