Portugal

Nasceu em 24-04-1910, em Castro Verde. 1.º artilheiro no navio «Bartolomeu Dias», seria militante do PCP e participou na «Revolta dos Marinheiros» organizada pela ORA em 08-09-1936. Entregue pelas autoridades da Marinha à PVDE, acusado do crime de «insubordinação», recolheu ao 3.º Posto da 14.ª esquadra, «Mitra», e seria transferido, em 18-09-1936, para a Cadeia Penitenciária de Lisboa. Condenado, em 13-10-1936, a cinco anos de prisão maior celular, seguidos de dez de degredo ou, em alternativa, a 17 anos e meio de degredo, embarcou para o Tarrafal em 17-10-1936.
Nasceu em 05-01-1907, em Silves. Operário da construção civil, participou na revolta de 26 de agosto de 1931, foi preso, nesse mesmo dia, pela PSP e conduzido à Cadeia Nacional. Deportado para Timor, embarcou, em 02-09-1931, no navio Pedro Gomes. Abrangido pela amnistia de 05-12-1932, desembarcou, em 09-06-1933, no Cais da Rocha do Conde de Óbidos e apresentou-se, em 12-06-1933, na polícia política. Quando estava como empregado de comércio e era responsável por uma tipografia clandestina do PCP, foi detido, em 12-07-1936, pela PVDE.
Nasceu em 20-02-1899, em Coimbra. Serralheiro dos Serviços Municipalizados de Coimbra, era sindicalista e militante da União Anarquista Portuguesa. Participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, sendo um dos autores do rebentamento, na noite de 17 para 18, de duas bombas nos transformadores de energia da Central Elétrica de Coimbra. Preso em 21-01-1934, foi confiado, em 30-01-1934, à PVDE.
Nasceu em 1903 ou 1904, em Santo André, Estremoz. Serralheiro mecânico das oficinas dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, no Barreiro, integrou, em julho de 1933, um Comité de Ação formado no seio da CGT. Participou na preparação da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, fazendo parte do comité local da Confederação e era um dos responsáveis pela aquisição, transporte e distribuição de materiais para o fabrico de bombas. Destacado para o Porto, a fim de colmatar, sem sucesso, falhas organizativas, estava no Barreiro aquando da sua eclosão, sem ter tido qualquer ação significativa.
Nasceu em 02-03-1902, em Fiães do Rio, Montalegre. Torneiro mecânico no Arsenal da Marinha, tornou-se militante do PCP em 20-09-1928 e, em 21-04-1929, era eleito Secretário-Geral. Detido em 29-09-1930 e enviado, em 08-10-1930, para S. Julião da Barra, foi desterrado para Lajes do Pico e, em 15-02-1931, transferido para as ilhas do Sal e do Fogo. Regressou em fevereiro de 1933, entrou na clandestinidade, interveio no VII Congresso da Internacional Comunista e foi preso em 11-11-1935, após o regresso de Moscovo.
Nasceu em 13-02-1917, em Lisboa. Carpinteiro de moldes do Arsenal da Marinha, seria militante do PCP e foi detido, em 05-09-1935, «por ordem superior». Levado para uma esquadra, passou por Peniche (29-11-1935) e pelo Aljube (24-03-1936) e seria libertado em 10-04-1936, por ter sido absolvido pelo TME. Preso em 08-03-1937, «para averiguações», recolheu ao Aljube, passou por esquadras (06-04-1937, 11-05-1937) e retornou ao Aljube em 02-06-1937. Embarcou, em 05-06-1937, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou condenado, e onde adoeceu com a febre biliosa.
Nasceu em 25-12-1893, na Marmeleira, Mortágua. Advogado, foi preso em 26-04-1930, no Porto, acusado de «agente de ligação entre os elementos revolucionários de Coimbra e Viseu». Deportado, em 08-07-1930, para Angra do Heroísmo, participou, em abril de 1931, na «Revolta das Ilhas». Refugiou-se em Espanha, regressou clandestinamente e envolveu-se na Revolução de 26 de agosto de 1931. Detido em 01-11-1932, em Lisboa e amnistiado, seria libertado em 08-12-1932. Detido novamente em 11-03-1933, ficou livre em 20-03-1933.
Nasceu em 1889, em Pereiros, Carrazeda de Ansiães. Latoeiro, deu entrada na sede da PVDE em 08-08-1940, ido de Carrazeda de Ansiães, e permaneceu na 1.ª esquadra à ordem do TME. Transferido para Caxias (09-08-1940) e para o Aljube (05-12-1940), seria julgado em 07-12-1940 e condenado a 8 anos de degredo, acusado de, «desde data indeterminada até 15 de setembro de 1940, ter sido detentor de pistola automática de calibre 7,65 m/m».
Nasceu em 24-06-1909, em Pereiro, Penafiel. Jornaleiro, deu entrada na Delegação do Porto da PVDE em 29-05-1940, ido de Pinhel, para julgamento no TME, o que só sucedeu em 11-08-1940. Acusado de, no mês de agosto de 1939, «ter feito uso de 2 cartuchos de dinamite», seria condenado na pena de 3 anos de degredo em local a determinar pelo Governo. Transferido, em 10-11-1940, para o Forte de Caxias, embarcou, em 14-11-1940, para o Tarrafal. Regressou em 20-02-1945 e saiu em liberdade.
«O Ricardo» Nasceu em agosto de 1919, em Freixianda, Vila Nova de Ourém. Serrador, foi preso em 30-06-1942 e entregue na Delegação do Porto da PVDE pelo tribunal da Comarca de Viseu. Ficou à ordem do TME que o condenou, em 10-07-1942, a 12 anos de degredo. Transferido, em 30-08-1942, para a Diretoria da PVDE, foi enviado para o Forte de Caxias, até embarcar, em 10-09-1942, para o Tarrafal, onde integrava o grupo dos «presos comuns». Adoeceu com febres altas e aprendeu a ler e a escrever com a ajuda dos deportados políticos.