Portugal

Nasceu em 01-02-1914, em Almada. Empregado de escritório e militante do PCP desde 1934, com responsabilidade em tipografias clandestinas. Detido em 15-05-1935, «por político», percorreu esquadras e os cárceres de Aljube e de Peniche, sendo libertado em 19-10-1935, por haver terminada a pena de 5 meses de prisão imposta pelo TME. Reentrou na clandestinidade, sendo preso em 13-01-1938, «por fazer parte da organização comunista» e ficou, incomunicável, numa esquadra.
Nasceu em 25-03-1901, em Marrazes, Leiria. A viver na Marinha Grande, era oficial vidreiro na empresa «Santos Barosa», onde era o responsável pela célula do PCP, esteve envolvido na criação do Sindicato Vidreiro e participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934: fez parte da brigada que escoltou os soldados da GNR, e o respetivo sargento comandante, que se tinham rendido aos revoltosos. Entregue pelo Comando da PSP de Leiria à PVDE em 01-02-1934, seria condenado a 5 anos de desterro e deportado, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo.
Nasceu em 01-07-1914, em Tomar. Estudante, foi enviado pela Polícia de Investigação Criminal à PVDE em 28-07-1937. Recolheu, incomunicável, a uma esquadra, e iniciou o percurso por outros cárceres: Aljube (04-10-1937), Caxias (15-11-1937) e 1.ª esquadra (06-05-1938). Condenado, em 07-05-1938, a oito meses de prisão, pena dada por expiada, reentrou, em 13-05-1938, em Caxias e seria solto em 06-07-1938. Preso de novo em 02-12-1939, entrou no Aljube e, em 08-02-1940, passou para Caxias.
Nasceu em 28-05-1906, em Almancil, Loulé. Emigrou, em 1927, para Espanha e, em 1930, seguiu para França, onde viveu até 1938. Aderiu à CGT e filiou-se, em 1935, no PCF. Trabalhou como mineiro em Saint-Étienne, manteve contactos com a Federação dos Emigrados Portugueses, sediada em Paris e, por intermédio do PCF, entrou, em 31-05-1938, em Espanha, integrando a 14.ª Brigada, 2.º Batalhão, 1.ª Companhia. Participou em combates, pediu a admissão ao PCE e desempenhou as funções de comissário do «Centro de Desmobilização dos Camaradas Portugueses» em Torelló, Barcelona.
Nasceu em 30-04-1904, em Lisboa. Estofador, integrou, em 08-07-1926, o grupo de 31 indivíduos presos por serem «conhecidos na polícia como agitadores e legionários». Conduzido aos calabouços do Governo Civil, terá emigrado para o Brasil, de onde seria expulso em 1928. Combateu em Espanha pela República, frequentou a Escola de Carabineros de Castellón de la Plana e, em 1939, refugiou-se em França, ficando internado no campo de Gurs.
«O Alfaiate» Nasceu em 06-03-1901, em Castro Daire. Detido em 1925 e 1926, acusado de bombista e de pertencer à Legião Vermelha. Dirigente da Associação Fraternal da Classe dos Operários Alfaiates de Lisboa e militante do PCP, foi preso em 22-06-1932, «por estar envolvido na organização comunista», habitando as suas sedes clandestinas. Estava para ser deportado para Timor ou Cabo Verde quando foi abrangido pela amnistia de 05-12-1932. Detido novamente, em 22-03-1935, «para averiguações», acabou solto três dias depois.
Nasceu em 21-03 ou 21-04-1904, em Melgaço. Cesteiro, a residir e a trabalhar em Espanha, foi preso no posto fronteiriço do Peso, Melgaço, em 07-09-1936, entregue pelas autoridades espanholas que o detiveram e o expulsaram por estar indocumentado, «ter tomado parte ativa, ao lado dos comunistas, nos recentes acontecimentos revolucionários do País vizinho» e ser filiado no Partido Comunista Espanhol. Levado para a cadeia da Comarca de Melgaço, seria transferido, no dia seguinte, para Valença e, depois, no dia 9, para a Delegação do Porto da PVDE.
Nasceu em 29-11-1896, em Lisboa. Descarregador, foi preso em 10-08-1936, à ordem do TME, levado para a 1.ª esquadra e transferido, em 27-08-1936, para o Aljube. Julgado por aquele tribunal em 24-10-1936, acusado de, no dia 6 de fevereiro, ser portador de uma faca, tendo por agravante o «seu péssimo comportamento constante do processo», seria condenado em 7 anos de degredo para qualquer das colónias, à escolha do Governo. Novamente julgado em 07-11-1936, por ter interposto recurso, viu confirmada a sentença. Transferido, em 07-02-1937, para Peniche, regressou ao Aljube em 01-06-1937.
Nasceu em 28-10-1903, em Lisboa. Caldeireiro, foi entregue pela PSP na sede da PIDE em 09-04-1947, «para averiguações». Enviado para o Forte de Caxias, seria transferido, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem qualquer julgamento, provavelmente devido à greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, preparada pelo PCP. Vigiado por guardas da PIDE, permaneceu, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa seção diferente daqueles que já se encontravam no Campo.
Nasceu em 06-06-1897, em Coimbra, onde era barbeiro e organizador sindical dos operários. Militante libertário da União Anarquista Portuguesa e colaborador ativo da CGT, escreveu para diversos periódicos. Detido, pela primeira vez, em 1927, ficou privado da liberdade por diversas vezes: passou pelas cadeias do Governo Civil de Coimbra, do Aljube, da Trafaria e sofreu deportações para Angola, Açores e Cabo Verde, acabando internado, em 22-10-1931, no Campo de Concentração de Oekussi-Ambeno, em Timor.