Portugal

Nasceu em 04-02-1909, em Lisboa. Funileiro, era militante do PCP e foi detido em 07-11-1931, acusado de «andar a afixar manifestos comunistas», nomeadamente «prospetos de propaganda do jornal clandestino «Avante»». Nessa ocasião, a Polícia de Defesa Política e Social considerou-o «um elemento sem categoria no meio comunista», «um estranho a qualquer organização revolucionária» e «um completo ignorante em assuntos comunistas», restituindo-o à liberdade em 26-11-1931, «depois de ser identificado no Posto Antropométrico».
Nasceu em 24-08-1912, em Manaus, Brasil. Serralheiro, sem residência em Portugal, foi preso no posto fronteiriço de Beirã em 29-07-1941 e entregue, no dia seguinte, à PVDE, recolhendo à Cadeia do Aljube. Transferido, em 12-09-1941, para o Forte de Caxias, passou, em 15-11-1941, para o Aljube e, em 17-11-1941, embarcou para o Tarrafal, onde integrou o grupo dos libertários. Abrangido pela amnistia de 18-10-1945 e libertado em 11-11-1945, regressou em 01-02-1946, no vapor «Guiné».
Nasceu em 1918, em Silves. Corticeiro, participou, com apenas 16 anos, na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Integrando o grupo conotado com os anarquistas, percorreu, nesse dia, as fábricas de Silves, «instigando os operários a abandonar o trabalho», o que foi conseguido. Fugiu para a serra e seria julgado, à revelia, pelo TME de 14-04-1934, sendo condenado a 2 anos de prisão.
Nasceu em 15-07-1908, em Vila do Bispo, distrito de Faro. Estudante de Agronomia, aderiu à Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas e, depois, ao PCP. Detido, uma primeira vez, em 1931. Preso em 24-04-1932, na Serra de Monsanto, foi-lhe fixada residência obrigatória em Peniche, para onde seguiu da Penitenciária de Lisboa em agosto de 1932 e de onde terá fugido. Julgado, à revelia, pelo TME em 20-10-1934, foi condenado a dez anos de degredo. Depois de anos de clandestinidade, seria preso pela PVDE em 11-05-1938, aquando do assalto policial a uma tipografia no Rego.
Nasceu em 08-07-1893, no Porto. Tipógrafo, pertenceu à Federação Maximalista Portuguesa. Detido em 16-03-1928, por ser «conivente na impressão de manifestos clandestinos», seria libertado no dia seguinte. Preso em 25-01-1932, «por ter ideias avançadas», acompanhar o movimento revolucionário de 3 de fevereiro de 1927 e ser portador do panfleto «Grito dos Estudantes do Porto», foi solto em 26-03-1932. Capturado, dois dias depois, por «provocar tumultos» e «fazer alusões desprestigiosas» para a polícia política, ficou encarcerado até 26-04-1932.
Nasceu em 1907, em Ventosa, Alenquer. Carpinteiro, foi detido cinco vezes durante a I República (1922, 1923, 1924, 1925), acusado de agitador, bombista, ligações à Legião Vermelha e suspeita de envolvimento no atentado a Carlos Reis, estando, ainda, referenciado como filiado na Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas Deportado para a Guiné em 29-05-1925, participou na revolta de abril de 1931 e, fracassada aquela, fugiu para Dakar onde, em 27-05-1931, embarcou com destino a Las Palmas.
Nasceu em 03-12-1913, em Lisboa. Descarregador, foi preso em 16-10-1936, «por motivo político». Levado, incomunicável, para uma esquadra e posto à disposição da Seção Política e Social da PVDE em 28-10-1936, entrou no circuito de transferência de cárcere: 1.ª esquadra (30-10-1936), Aljube (18-11-1936), Peniche (20-11-1936) e, novamente, Aljube (27-01-1937). Condenado, em 27-01-1937, a dois anos de prisão e perda dos direitos políticos por cinco anos, reingressou em Peniche (19-02-1937) e no Aljube (01-06-1937).
Nasceu em 13-12-1899, em Arraiolos. Entregue pela Comarca de Montemor-o-Novo na sede da PVDE em 27-01-1940, para ser julgado pelo TME, foi enviado para a Cadeia do Aljube, passou, em 31-01-1940, para o Forte de Caxias e, em 29-03-1940, entrou na 1.ª esquadra para ser sentenciado no dia seguinte. Acusado de «ser detentor de arma proibida», seria condenado na pena de 8 anos de degredo numa das colónias e reentrou, em 11-08-1940, em Caxias.

Nasceu em 24-09-1896, em Fronteira. Casapiano, desportista, treinador, selecionador nacional, jornalista e Inspetor Superior dos Correios de Lisboa, integrou, durante a 2.ª Guerra, sob as referências «Pax», «H.204» e «H.700», a rede de espionagem inglesa «Shell», criada pelo SOE (Special Operations Executive), tendo a seu cargo a montagem de uma rede de radiotelegrafistas e de grupos de resistência, em caso de invasão de Portugal pela Alemanha.

«O Pimenta» Nasceu em 22-05-1905, em Cividade, Braga. Eletricista, terá organizado um Comité Regional do PCP na Guarda. Preso pela Delegação do Porto da PVDE em 19-05-1940, «para averiguações», no âmbito do assassinato do proprietário e capitalista António da Silva Freitas Gonçalves, ocorrido naquela cidade, na Rua do Bonjardim, 458, sendo acusados pela PVDE, sem provas fundamentadas, três galegos (os irmãos Vásquez Albela) e onze portugueses próximos do PCP. Foi transferido, em 08-09-1940, para Lisboa e enviado para o Forte de Caxias.