Nasceu em 08-07-1893, no Porto. Tipógrafo, pertenceu à Federação Maximalista Portuguesa. Detido em 16-03-1928, por ser «conivente na impressão de manifestos clandestinos», seria libertado no dia seguinte. Preso em 25-01-1932, «por ter ideias avançadas», acompanhar o movimento revolucionário de 3 de fevereiro de 1927 e ser portador do panfleto «Grito dos Estudantes do Porto», foi solto em 26-03-1932. Capturado, dois dias depois, por «provocar tumultos» e «fazer alusões desprestigiosas» para a polícia política, ficou encarcerado até 26-04-1932. Preso, mais uma vez, em 09-05-1935, inculpado de realizar reuniões em sua casa e de propaganda antirreligiosa, saiu em liberdade em 27-06-1935. Detido em 11-10-1936 e solto dois dias depois. Sempre preso pela Delegação do Porto, a sexta detenção, em 04-11-1937, aconteceu por possuir armas de guerra e «diversos jornais clandestinos». Condenado em 06-07-1938 a 8 anos de degredo, foi transferido, em 25-09-1938, para Caxias. Interpôs recurso, mas o TME, de 11-03-1939, confirmou a pena e, em 01-04-1939, seguiu para o Tarrafal, onde Manuel Francisco Rodrigues o recorda como «o poeta vassoureiro mais irónico, mordaz, iracundo e irreverente». Abrangido pela amnistia de 18-10-1945, regressou em 01-02-1946, saindo em liberdade.