Portugal

«Pedro» Nasceu na aldeia de Chas (Oimbra), Orense, Espanha, em 16-05-1912. Lavrador, fugido, desde 1937, do Forte de San Cristóbal de Pamplona, onde já estava preso há dois anos, refugiou-se em Cambedo da Raia, Chaves, onde vivia a irmã. Aderiu, em 1946, à guerrilha galega antifranquista. Envolvido nos acontecimentos de 20-12-1946, quando aquela aldeia ficou cercada pela Guarda Civil Espanhola, GNR, Guarda Fiscal, Exército e PIDE, rendeu-se após a resistência inicial. Torturado em Chaves e entregue, em 22-12-1946, à Delegação do Porto da PIDE, continuou a ser regularmente seviciado.
Nasceu em 17-96-1915, em Rio Maior. Trabalhador, foi entregue, em 09-02-1939, na PVDE pelo Administrador de Rio Maior e ficou à ordem do TME. Recolheu à 1.ª esquadra, entrou, em 03-03-1939, no Forte de Caxias, e reingressou naquele posto policial em 10-03-1939, a fim de ser julgado no dia seguinte. Condenado na pena de 5 anos de degredo, «numa das colónias à escolha do Governo», embarcou, em 01-04-1939, para o Tarrafal, onde foi punido com dias de internamento na «frigideira» e acabou por se alojar no «porta-aviões», sem que prejudicasse os deportados políticos.
Nasceu em 21-10-1905, em Lisboa, onde trabalhava como servente ou calceteiro. Preso em 26-08-1931 e deportado para Timor em 02-09-1931, regressou em 09-06-1933, por estar abrangido pela amnistia de 05-12-1932. Detido novamente e entregue pela PSP de Lisboa em 23-09-1934, acusado de tentar subornar um soldado servente da 2.ª Companhia do Batalhão de Metralhadora n.º 1, foi libertado em 22-10-1934, com a indicação de que devia ficar «sob as vistas» da PVDE. Preso em 09-04-1937 e enviado, incomunicável, para uma esquadra, seria transferido para a 1.ª esquadra e, depois, para o Aljube.
Nasceu em 13-09-1893, em Lisboa. Descarregador, era vigiado desde, pelo menos, junho de 1930, e foi detido em 30-01-1931, «por estar implicado em manejos revolucionários». Evadiu-se da Esquadra da Pampulha em 05-02-1931, permaneceu em Lisboa e seria capturado e entregue pela PSP em 25-06-1932, por andar fugido e ser considerado um «elemento perigosíssimo». Recolheu, incomunicável, a uma esquadra e, em 24-10-1932, por parecer do Diretor da Secção Política e Social e despacho do ministro do Interior, foi-lhe fixada residência obrigatória em Timor.
Nasceu em 10-01-1904, na freguesia de Esgueira, Aveiro. Padeiro anarcossindicalista, foi preso em 30-05-1932, por distribuir manifestos de incitamento à greve geral, e solto em 15-06-1932. Em 1933, representou a Federação da Alimentação no Conselho Confederal da CGT e envolveu-se na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Integrou o Comité de Ação e estava encarregado de detonar uma bomba no Miradouro da Senhora do Monte, o que não sucedeu devido à inesperada mobilização policial.
Nasceu em 26-11-1905/06, em Vila Cova, Fafe. Padeiro, a trabalhar em Lisboa, foi detido em 19-05-1931, «por ter distribuído manifestos subversivos» que lhe foram entregues no Sindicato dos Padeiros, sendo libertado em 23-06-1931. Voltou a ser preso, agora pela Delegação do Porto da PVDE, cidade onde residia, em 10-11-1937, «para averiguações», sendo condenado, em 22-08-1938, a 18 meses de prisão: saiu em liberdade condicional em 06-04-1939.
Nasceu em 04-12-1924, em Almada. Serralheiro mecânico, foi preso pela PIDE em 29-03-1947, «para averiguações», enviado para o Forte de Caxias e transferido, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido submetido a julgamento. Provavelmente, terá participado na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, dsencadeada pelo PCP. Vigiado por guardas da PIDE, permaneceu, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa seção diferente daqueles que já se encontravam no Campo.
Nasceu em 21-06-1895, em Lisboa. Maquinista, foi entregue pela PSP na sede da PIDE, em 09-04-1947, «para averiguações». Enviado para o Forte de Caxias, dois dias depois, em 11-04-1947, seguiu para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou condenado, provavelmente por estar associado à paralisação dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP. Tal como os outros deportados na mesma circunstância, ficou numa seção diferente dos presos que já se encontravam no Campo, vigiado por guardas da PIDE.
«O Salinas» Nasceu em 04-02-1921, em Lisboa. Ajudante de caldeireiro, foi entregue na sede da PIDE pela PSP de Lisboa, em 28-03-1947, «para averiguações». Ficou na Cadeia do Aljube até ser transferido, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido condenado, tendo provavelmente participado na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP. Ficou, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa seção diferente dos presos que já se encontravam no Tarrafal, vigiado por guardas da PIDE. Libertado em 30-09-1947.