Angola

Nasceu em Sangondo (Bié) a 28-08-1927, filho de Garcia e de Nangulungo. Pedreiro de profissão, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições.
«Quimbandeiro» Nasceu na Damba (Uíje) a 19-01-1938, vivendo algum tempo no Congo-Léopoldville. Foi preso em maio de 1961 por envolvimento no «4 de Fevereiro». Ligado à UPA e também aos Tocoistas, foi o principal responsável pelos rituais mágico-religiosos de preparação daquela acção. Saiu em liberdade condicional em 1966. Foi cooptado por Vicente Pinto de Andrade para o «Comité Regional de Luanda» (CRL), grupo clandestino do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), sobretudo de estudantes mas não só.
Nasceu em Quissende, Catabola (Bié) a 15-10-1922, filho de Chingule e de Nangueva. Pedreiro de profissão, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições.
«Mongol» Nasceu em Marimba (Malanje) a 28-05-1936. Estudou electricidade na Escola Industrial de Luanda, foi atleta do Clube Atlético de Luanda e trabalhou alguns anos nos Serviços Geográficos e Cadastrais de Angola. Em 1960 tentou prosseguir estudos em Portugal mas em 1961 fugiu para França, num dos grupos da famosa «Fuga dos Cem». Foi para o Gana e dali para os Estados Unidos, com uma bolsa de estudos do Departamento de Estado, matriculando-se em Sociologia na Universidade de Rochester.
Nasceu no Bailundo (Huambo) a 25-01-1934, filho de Chilala e de Luciana. Funcionário público, era Chefe de Posto no Cuemba (Bié). Foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições.
«Capucho João» Nasceu em Luanda a 22-11-1926. Funcionário público, mudou-se em 1954 para o Congo-Léopoldville empregando-se no Consulado português. A 3 de abril de 1959 foi detido e expulso pelos Belgas para Luanda, onde a PIDE o esperava. Era um dos contactos externos do grupo «Espalha Brasa» e do «Grupo ELA» que tentou enviar-lhe um «Relatório» sobre a situação em Angola, destinado ao Gana. O portador foi detido pela PIDE no aeroporto de Luanda, desencadeando sucessivas prisões, no que ficou conhecido como «Processo dos 50».
«Ernest Guendes» Nasceu em Cabinda a 09-10-1902. Funcionário dos Serviços de Saúde, aposentado, detido em abril de 1959 na vaga de prisões da PIDE que deu lugar aos processos judiciais usualmente designados «Processo dos 50». Era um dos «mais-velhos» líderes do grupo independentista ELA, activo na clandestinidade desde o início dos anos 50, com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior. Subscreveu exposições enviadas ao American Comittee on Africa (AcoA) e à Comissão das Curadorias da ONU.
Nasceu em Luanda a 19-07-1920. Empregado no Banco de Angola, aproveitou para ali reproduzir panfletos («Manifesto Africano»). Preso em 5 de Junho de 1959 foi acusado de pertencer ao Movimento para a Independência de Angola (MIA), num dos três processos do dito «Processo dos 50». Os maus-tratos sofridos levaram ao seu internamento na Neuropsiquiatria em julho desse ano.
Nasceu em Cariango, Quibala (Kwanza-Sul) c. 1924, filho de Lamba e de Umba. Cozinheiro de profissão, não foi possível esclarecer a que organização pertencia nem as circunstâncias da sua detenção, em data e local incertos. Foi incluído no Processo-crime 57/67 (com Diogo José, António Francisco e Américo Adão) e julgado no 1º Tribunal Militar Territorial de Angola. Foi condenado (sentença de 23-10-1968) a 2 anos de prisão maior, 2 meses de multa (substituindo o pagamento em dinheiro) e medidas de segurança de internamento de 6 meses a 3 anos.
Nasceu na Funda, Icolo-e-Bengo, a 06-12-1932. Empregado comercial, residente no Bairro Marçal (Luanda), era um dos dirigentes (com Lopo do Nascimento e Manuel dos Santos Júnior), do clube recreativo (e político) «Botafogo», camuflagem para consciencialização política. Em 1958 juntou-se ao «Movimento de Libertação Nacional» (de Veloso, Calazans Duarte e outros com ligações ao Partido Comunista Português). Co-autor, com Manuel dos Santos Júnior «Capicua» do panfleto «Ao mundo inteiro – Angola é dos Angolanos».