«Ernest Guendes»
Nasceu em Cabinda a 09-10-1902. Funcionário dos Serviços de Saúde, aposentado, detido em abril de 1959 na vaga de prisões da PIDE que deu lugar aos processos judiciais usualmente designados «Processo dos 50». Era um dos «mais-velhos» líderes do grupo independentista ELA, activo na clandestinidade desde o início dos anos 50, com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior. Subscreveu exposições enviadas ao American Comittee on Africa (AcoA) e à Comissão das Curadorias da ONU. Em março enviaram para o Gana um «Relatório» sobre a situação em Angola, mas o portador foi detido pela PIDE no aeroporto de Luanda, desencadeando sucessivas prisões. Benge assina em primeiro lugar, sob o pseudónimo «Ernest Guendes». Acusado no Tribunal Militar Territorial de Angola de «conspiração contra a segurança exterior do Estado, sob a forma de organização ilícita e organização secreta» foi sentenciado (20-12-1960) a 10 anos de prisão e medidas de segurança. Chegou ao Tarrafal a 26-02-1962. Depois, muito doente, foi evacuado sob prisão para um hospital em Lisboa, falecendo a 13-09-1962.
Circunstâncias da morte
Natural de Cabinda, pertenceu aos primeiros movimentos nacionalistas angolanos. António Pedro Benge é preso pela PIDE a 29 de março de 1959 e vai integrar o primeiro processo do que ficou conhecido como “processo dos 50”. Condenado pelo Tribunal Militar a 10 anos de prisão, foi enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal/Chão Bom em 26 de fevereiro de 1962, aos 60 anos de idade. Morreu em Setembro de 1962 em Lisboa, para onde fora transferido para internamento hospitalar.