Angola

Nasceu em Luanda a 28-09-1934. Gerente comercial e escritor, envolvido em associações e publicações culturais («Mensagem» da ANANGOLA, «Cultura» da Sociedade Cultural de Angola), foi co-fundador dos clandestinos Partido Comunista Angolano e Partido da Luta Unida dos Africanos de Angola (PLUAA). Em 1959, na vaga de prisões da PIDE que originou os processos judiciais conhecidos como «Processo dos 50», foi detido, depois solto e novamente preso em finais de 1961, com Luandino Vieira e António Cardoso, por ligação ao MPLA.

Nasceu em Porto Amboim (Kwanza-Sul) c. 1939, filho de Cariota (ou Caliota) e de Teresa. Tractorista de profissão, foi detido em data e local incertos e não foi possível estabelecer a sua eventual filiação política. Incluído no Processo-crime 57/67 (com Diogo José, António Lamba e Américo Adão), foi julgado no 1º Tribunal Militar Territorial de Angola e condenado, por acórdão do Supremo Tribunal Militar (05-12-1968), a 6 anos de prisão maior, 6 meses de multa (em substituição do pagamento em dinheiro) e 6 meses a 3 anos de medidas de segurança.

Nasceu em Luanda a 8-04-1933. Chefe de Secretaria da «Associação dos Naturais de Angola» (ANANGOLA), escritor e colaborador da «Sociedade Cultural de Angola» (SCA), foi detido em 1959 pela PIDE, na vaga de prisões que em Angola deu lugar a três processos judiciais vulgarmente conhecidos como «Processo dos 50». Libertado, foi de novo preso em finais de 1961, com António Jacinto e Luandino Vieira (todos nesta altura já ligados ao MPLA) tendo o processo sido remetido ao Tribunal Militar Territorial em 1962.

Nasceu em Catulo, Quitexe (Uíje) c. 1939, filho de João Bengue e de Juliana Cuta. Agricultor, foi preso em data e local não identificados, por pertencer à União das Populações de Angola (UPA), desde 1962 integrada na Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), movimento independentista que combatia no Norte de Angola.
«João da Costa Macongo» Nasceu em Sambuilo (Cabinda) a 15-11-1905. Funcionário público (2º oficial de Fazenda) foi preso a 03 de abril de 1959 num dos processos judiciais conhecidos como «Processo dos 50». Foi acusado de pertencer ao «ELA», onde se terá integrado em 1958. O ELA, grupo activo na clandestinidade desde o início dos anos 50, com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior, tentou em março de 1959 enviar para o Gana (via Congo-Léopoldville) um «Relatório» sobre a opressão colonial em Angola, que André Mingas Júnior assinara como «João da Costa Macongo».
Nasceu em Cassoneca, Icolo-e-Bengo (Luanda) a 28-07-1929. Carpinteiro de profissão e com antecedentes de ligação à luta armada, pertencia ao «Comité Regional de Luanda» (CRL), grupo clandestino do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) coordenado por Juca Valentim, com várias células, de estudantes e trabalhadores.
Nasceu no Luso/Luena (Moxico) a 12-08-1931. Guarda-livros, esteve activamente envolvido na fase panfletária do movimento independentista, nomeadamente no grupo liderado por Ilídio Machado, com o qual terá tido contactos com os marinheiros norte-americanos Barnett e Holder que levavam e traziam correspondência clandestina para vários grupos em Luanda, assim como com Amílcar Cabral. Foi preso a 1 de Junho de 1959, passou pela prisão de São Paulo e pela Casa de Reclusão Militar e foi solto, mediante caução, a 13 de outubro.
Nasceu em Cassoneca (Icolo-e-Bengo) a 18-07-1942, filho de Adão António e de Camãe. Alfaiate de profissão, o peso da sentença reflecte a condição de combatente na guerra de libertação contra o domínio colonial português, mas não foi possível esclarecer a que organização pertencia (MPLA ou UPA/FNLA, ambas actuando no norte de Angola). Foi capturado em data e local incertos e incluído no Processo-crime 57/67 (com Diogo José, António Francisco e António Lamba).
Nasceu em Luanda (Angola) a 03-08-1937. Electricista da Câmara Municipal de Luanda, ainda muito jovem esteve ligado ao Clube Atlético de Luanda (CAL) e à Associação dos Naturais de Angola (ANANGOLA). Integrou o histórico grupo musical Ngola Ritmos. Essas ligações levaram-na à actividade política clandestina, nomeadamente elaboração e distribuição de panfletos. Foi preso em 1959 acusado de pertencer ao Movimento para a Independência de Angola (MIA), num dos três processos do dito «Processo dos 50».
«Tininho» Nasceu em Luanda a 12-12-1948. Tinha sido militar do exército colonial e pertencia à célula Kimangua do «Comité Regional de Luanda» (CRL), coordenado por Juca Valentim. Esse grupo clandestino do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), além do estudo e mobilização política, e distribuição de panfletos, procurava apoiar os guerrilheiros e populações da 1ª Região com informações, roupa, medicamentos, sabão, munições… A PIDE infiltrou essa rede de apoio e em outubro e novembro de 1969 fez dezenas de prisões.