Angola

Nasceu no Chinguar (Bié) a 15-11-1935. Estudou na Missão Congregacional da Chissamba, no Instituto Currie (Dondi) e no Colégio de S. Bento (Luso/Luena). Co-fundador da União Nacional para a Independência Total de Angola (Moxico 1966) aproveitou ser operador de locomotivas no Caminho-de-Ferro de Benguela para mobilizar e recolher informações. Em 1968 contribuiu para reorganizar a rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da UNITA, enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e munições.
«Pampilhosa» Nasceu em Chiengue (Bié) a 08-09-1927, filho de Cândido Teixeira e de Teresa Soares. Mecânico no Luso/Luena, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação etc. César Teixeira terá inclusivamente reparado armas da guerrilha.
Nasceu em Cassupa (Moxico) c. 1901, filho de Chona e de Nhatuama. Agricultor, tinha quase 70 anos quando foi preso por ligações à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) que em 1966 iniciara acções de guerrilha no leste de Angola. Ele e outros eram acusados de passar informações e auxílio (comida, sabão, medicamentos, sapatos…) aos que estavam nas matas. Detido primeiramente no Moxico, foi levado mais tarde para uma prisão no Lobito e, cerca de um ano depois, conduzido sob prisão para Luanda e julgado no 1º Tribunal Militar Territorial de Angola.
«Liceu» Nasceu a 01-05-1919 em Luanda (registado em Banana, na colónia belga do Congo). Empregado do Banco de Angola, fundou em 1947 o «N'Gola Ritmos», importante na recuperação do cancioneiro popular angolano (nomeadamente Kimbundu), criando ou recriando músicas, como a emblemática «Muxima», músicas que passavam uma mensagem anticolonial, em convívios públicos ou privados.
«Beto» Nasceu em Luanda a 28-07-1935. Cresceu no Bairro Operário e à data da prisão era mecânico de automóveis e máquinas industriais nas oficinas da firma Gomes & Irmão. Orientado principalmente por Higino Aires, participou na distribuição de panfletos e outras actividades clandestinas. Foi preso a 17 de Junho de 1959 acusado de pertencer ao Movimento para a Independência de Angola (MIA).
Nasceu em Chamangongo (Moxico) a 04-10-1928, filho de Sachindonene e de Nassula. Pedreiro de profissão e catequista de uma igreja protestante, foi preso por ligações à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) que em 1966 iniciara acções de guerrilha no leste de Angola. Ele e outros eram acusados de passar informações e auxílio (comida, sabão, medicamentos, sapatos…) aos que estavam nas matas. Detido no Moxico, foi levado para uma prisão no Lobito e, cerca de um ano depois, conduzido sob prisão para Luanda e julgado no 1º Tribunal Militar Territorial de Angola.
Nasceu em Quiteca, Damba (Uíje) a 28-08-1932, filho de Paulo Bunga e de Mariana Bati. Foi preso, em data e local não identificados, por pertencer à União das Populações de Angola (UPA), desde 1962 integrada na Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), movimento independentista que combatia no Norte de Angola.
«Nado» Nasceu no Golungo Alto (Kwanza-Norte) a 05-06-1949. Funcionário da Junta Provincial de Povoamento, pertencia à célula «Kimangua» do «Comité Regional de Luanda» (CRL), grupo clandestino do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) que reunia sobretudo estudantes, mas não só.
Nasceu em Povo Mateus (Uíje) a 15-05-1914, filho de Mozaba e de Mafuani. Agricultor, foi preso em data e local não identificados, por pertencer à União das Populações de Angola (UPA), desde 1962 integrada na Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), movimento independentista que combatia no Norte de Angola.
«Cassule Angola» Nasceu em Massangano a 01-11-1911. Enfermeiro, residente na Praia do Bispo (Luanda), em 1958 foi levado por António Pedro Benge para o «ELA» (activo na clandestinidade desde o início dos anos 50). Membro do clube recreativo (e político) «Espalha Brasa», relacionava-se também com outros grupos nacionalistas. A 20 de outubro de 1959 foi detido e depois incluído num dos processos judiciais vulgarmente referidos como «Processo dos 50», acusado de pertencer ao «Grupo ELA» que tentara enviar ao Gana (via Congo) um «Relatório» sobre a situação em Angola.