Angola

Nasceu em Cassoneca a 04-03-1899. Empregado comercial e cobrador, foi preso pela PIDE a 29 de março, solto e de novo preso a 20 de outubro, num dos processos judiciais vulgarmente conhecidos como «Processo dos 50». Foi acusado de pertencer ao «ELA», grupo clandestino activo desde o início dos anos 50, com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior. Estes laços reforçaram-se numa ida de Sebastião Domingos ao Congo-Léopoldville em 1958. Em março de 1959, já associados ao grupo «Espalha Brasa», tentaram enviar para o Gana um «Relatório» sobre Angola.
Nasceu em Sangonga, Bela Vista (Huambo) a 04-04-1924, filho de Gonçalo e de Emília. Dactilógrafo da Câmara Municipal do Luso/Luena, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições.
«Nzambe Kilumbo» Nasceu em Massangano a 10-01-1903. Funcionário dos Serviços de Saúde em Luanda, foi preso em 1959 na vaga de prisões da PIDE que deu lugar aos processos judiciais conhecidos como «Processo dos 50», acusado de pertencer ao «ELA», grupo clandestino activo desde o início dos anos 50, com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior, ao qual se ligara em 1958 através de António Pedro Benge. Reproduziu num copiador manual documentos clandestinamente enviados para o exterior.
«Cassica» Nasceu em Cassoneca (Luanda) a 02-03-1930. Carpinteiro de profissão, «herói do 4 de Fevereiro», terá sido mobilizado por Neves Bendinha para fazer parte dos grupos que na madrugada de 4 de fevereiro de 1961 atacaram as prisões de Luanda, visando libertar os presos políticos que ali se encontravam, acontecimento que em Angola marca o início da luta armada de libertação nacional. Capturado após aquela acção, passou por diversas prisões.
«Balumuka Kababa» Nascido em Missoli, registado em Calomboloca a 10-06-1938. Da Juventude Metodista, Fernando Pascoal da Costa levou-o em 1956 ao ELA (grupo activo na clandestinidade desde o início dos anos 50), para ser tradutor de Inglês dos documentos clandestinamente enviados a personalidades internacionais e à Comissão das Curadorias da ONU. Com ele colaborou Deolinda Rodrigues, que seria indiciada no mesmo processo mas saíra de Angola meses antes.
Nasceu em Luanda a 02-12-1929. Professor e director da escola da Missão Metodista em Luanda. Através do Bispo Dodge enviou documentos ao cônsul americano em Lourenço Marques (Moçambique) que os faria chegar à Comissão das Curadorias da ONU. Detido a 20 de outubro de 1959, na vaga de prisões da PIDE que originou os processos judiciais conhecidos como «Processo dos 50», foi acusado de reuniões com os marinheiros norte-americanos Barnett e Holder e de pertencer ao «ELA», grupo clandestino com ligações a outros nacionalistas em Angola e no exterior.
Nasceu em Cateia (Bié) a 26-07-1934, filho de Alfredo Sanecavo e de Dofila Metopalo. Auxiliar de escritório, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69). Pertencia à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola no leste do país, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e munições.
Nasceu em Muassumuna ou Massumuna (Moxico), filho de Sachela e de Nachela. Agricultor, de cerca de 32 anos, foi preso por ligações à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) que em 1966 iniciara acções de guerrilha no leste de Angola. Ele e outros eram acusados de passar informações e auxílio (comida, sabão, medicamentos, sapatos…) aos que estavam nas matas. Detido no Moxico, foi levado para uma prisão no Lobito e, cerca de um ano depois, conduzido sob prisão para Luanda e julgado no 1º Tribunal Militar Territorial de Angola.
Nasceu em Camacupa (Bié) a 30-01-1930, filho de Maliti e de Nanjamba. Condutor do Caminho-de-Ferro de Benguela, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola, nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições.
Nasceu em Luanda a 09-09-1931, onde era relojoeiro e oculista. Foi preso em 09-06-1959, libertado no mesmo dia e preso novamente dias depois, no âmbito da vaga de prisões da PIDE que em Angola deu lugar a três processos judiciais vulgarmente conhecidos como «Processo dos 50». Envolvido na distribuição clandestina de panfletos, foi acusado de pertencer ao «Movimento para a Independência de Angola» (MIA) e de ter cometido «crime contra a segurança exterior do estado, sob a forma de organização ilícita e organização secreta».