Pedro Chimbinda Gonçalo

Fase II
Nasceu em Sangonga, Bela Vista (Huambo) a 04-04-1924, filho de Gonçalo e de Emília. Dactilógrafo da Câmara Municipal do Luso/Luena, foi preso pela PIDE em julho de 1969 (Processo-crime nº 161/69) por pertencer à rede clandestina que, a partir das cidades, vilas e aldeias, dava informações e apoio logístico à luta armada da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), nomeadamente enviando roupa, medicamentos, dinheiro, alimentação, ferramentas e até munições. Segundo a PIDE, era um «poderoso comité político-subversivo terrorista» daquele movimento clandestino, baseado na cidade do Luso/Luena e liderado por Eduardo Jonatão Chingunji. Denunciados por um infiltrado da PIDE, a rede é desmantelada, a maioria dos seus membros é enviada para o Campo de S. Nicolau, no sul de Angola, enquanto os «mais perigosos» vão para o Tarrafal. Após algum tempo de prisão em Luanda, um despacho do Secretário-Geral de Angola (26-08-1969) determinou-lhe «fixação de residência» em «Chão Bom, Cabo Verde», por 10 anos. Chegou ao Campo do Tarrafal a 14-03-1970 e foi libertado a 01-05-1974.