Nasceu em 1909, no Porto. Empregado de escritório, foi entregue pela PSP de Setúbal em 28-02-1931, acusado da autoria do manifesto «Ao Povo Faminto». Condenado a 90 dias de prisão na Cadeia do Aljube, seria solto em 30-05-1931. Detido em 26 de agosto de 1931, por participar nessa revolta, foi deportado, em 02-09-1931, para Timor, de onde regressou em 09-06-1933. Preso em 29-05-1934, por manter as ligações anarquistas, integrar o núcleo dirigente da FARP, deter armas, participar na impressão do jornal «A Batalha» e ter colaborado na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934: redigiu e imprimiu propaganda na tipografia clandestina da CGT e, na noite de 17 para 18, assumiu o corte de três cabos telegráficos do Gravato e de Monsanto. Entrou no Aljube em 13-11-1934 e, em 23-03-1935, seria condenado a 12 anos de degredo. Embarcou, em 23-04-1935, para Angra do Heroísmo e, em 23-10-1936, passou para o Tarrafal. Abrangido pela amnistia de 18-10-1945, regressou em 01-02-1946 e saiu em liberdade. Foi um dos presos que tratou José Manuel Alves dos Reis, gravemente enfermo durante meses.