Nasceu em 06-06-1897, em Coimbra, onde era barbeiro e organizador sindical dos operários. Militante libertário da União Anarquista Portuguesa e colaborador ativo da CGT, escreveu para diversos periódicos. Detido, pela primeira vez, em 1927, ficou privado da liberdade por diversas vezes: passou pelas cadeias do Governo Civil de Coimbra, do Aljube, da Trafaria e sofreu deportações para Angola, Açores e Cabo Verde, acabando internado, em 22-10-1931, no Campo de Concentração de Oekussi-Ambeno, em Timor. Libertado em 1933, regressou a Coimbra, onde assumiu a organização da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso em 26-01-1934, acusado de propaganda subversiva e de transportar bombas de dinamite, seria encarcerado no Aljube, onde foi barbaramente torturado, e no Presídio Militar da Trafaria. Condenado, pelo TME, a 20 anos de degredo, seguiu, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo, enfrentando vários dias de castigo na «poterna». Transferido, em 23-10-1936, para o Tarrafal, integrou a direção da Organização Libertária Prisional e faleceu em 27-03-1938, vitimado por uma biliosa anúrica, sem qualquer assistência médica, nem medicamentosa.
Circunstâncias da morte
Barbeiro, 41 anos, militante da União Anarquista Portuguesa, conheceu a repressão no Governo Civil de Coimbra, no Aljube, na Trafaria e sofreu deportações para as colónias de Angola, Açores, Cabo verde e Timor. Regressado a Portugal em 1933, foi de novo preso após a greve insurreccional do 18 de janeiro e encarcerado no Aljube. Condenado a 20 anos de degredo, segue para a Fortaleza de S. João Baptista, na Ilha Terceira e, a 23 de outubro de 1936, para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde. Destruído fisicamente e sem cuidados médicos, sucumbe a uma biliosa, a 27 de março de 1938.