Damásio Martins Pereira

Fase I
RGP
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Nasceu em 21-10-1905, em Lisboa, onde trabalhava como servente ou calceteiro. Preso em 26-08-1931 e deportado para Timor em 02-09-1931, regressou em 09-06-1933, por estar abrangido pela amnistia de 05-12-1932. Detido novamente e entregue pela PSP de Lisboa em 23-09-1934, acusado de tentar subornar um soldado servente da 2.ª Companhia do Batalhão de Metralhadora n.º 1, foi libertado em 22-10-1934, com a indicação de que devia ficar «sob as vistas» da PVDE. Preso em 09-04-1937 e enviado, incomunicável, para uma esquadra, seria transferido para a 1.ª esquadra e, depois, para o Aljube. Sem julgamento, embarcou, em 05-06-1937, para o Tarrafal, onde trabalhou duramente no regime de trabalhos forçados, mesmo depois de adoecer com paludismo e biliosa. «Franzino, magro, baixo», fez muitos dos passeios que circundavam as casernas e as valetas e, sem assistência médica, nem medicamentosa, que o médico lhe recusava intencionalmente nas frequentes idas à consulta, aconselhando-o a que continuasse a trabalhar, só baixou à enfermaria nos últimos três dias de vida. Faleceu em 11-11-1942, com 37 anos de idade.
Circunstâncias da morte

Servente. Da sua ficha prisional, não consta a deportação anterior para Timor, que teria sido provocada por ter fome e pedir pão. 
Em 5 de junho de 1937, embarcou para o Tarrafal, em Cabo Verde, onde contraíu paludismo e biliosa. Sem assistência médica nem medicamentosa, só baixou à enfermaria nos últimos três dias de vida, onde permaneceu até falecer no dia 11 de novembro de 1942, aos 37 anos de idade.