Portugal

«O Monteiro» Nasceu em 06-06-1907, em Lisboa. Tomou parte na «Revolta Militar» de 26 de agosto de 1931, quando era empregado na Câmara Municipal de Lisboa, sendo deportado para Timor em 02-09-1931; abrangido pela amnistia de 05-12-1932, regressou em 09-06-1933. Em 1937, encontrava-se fugido à PVDE, por desenvolver militância comunista, tendo o TME emitido um mandado de captura. Refugiado em Espanha, participou, entre 1937 e 1939, na Guerra Civil ao lado das forças republicanas, combatendo na frente de Ocaña.
Nasceu em 01-02-1915, em Lisboa. Aprendiz de serralheiro, foi detido pela PSP de Lisboa em 30-05-1932, por suspeita de instigar outros operários à greve. Tinha, então, dezasseis anos e saiu em liberdade em 01-06-1932. Entregue pelas autoridades militares à PVDE em 30-11-1936, ficou preso no Presídio Militar da Trafaria e saiu em liberdade em 19-12-1936. Quando serralheiro de máquinas, seria preso em 31-03-1947, «para averiguações», e levado para Caxias.
Nasceu em 14-12-1910, em Lisboa. Militante do PCP desde o início da década de 1930, foi detido, quando estudante, em 09-03-1934, por integrar um grupo de manifestantes que percorria «a Rua da Escola Politécnica dando gritos subversivos», empunhava «cartazes com palavras ofensivas para a atual Situação Política do País» e distribuía «manifestos clandestinos». Transferido, em 19-05-1934, para Peniche, seria libertado em 23-08-1934. Já referenciado como relojoeiro, foi preso em 07-11-1935, levado para uma esquadra, transferido, em 27-12-1935, para Peniche e, em 24-03-1936, entrou no Aljube.
Nasceu em 23-03-1912, em Lisboa. Servente, foi entregue pela PSP de Lisboa à PIDE em 09-04-1947, «para averiguações». Enviado para Caxias, seguiu, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido condenado, tenso provavelmente estado associado à greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, dinamizada pelo PCP. Tal como os outros presos na mesma circunstância, ficou numa seção diferente daqueles que já se encontravam no Campo, vigiado por guardas da PIDE.
Nasceu em 06-04-1908, em Varsóvia, Polónia. Tecelão de malhas (técnico), este judeu polaco foi preso pela Delegação do Porto da PVDE em 07-12-1939, «para averiguações». Por constar do seu processo que tinha «sido expulso da Bélgica por suspeita de comunista e de ter entrado em Portugal com documentação falsificada», sendo, portanto, «um elemento indesejável», «foi proposto para que lhe fosse aplicável o Decreto nº 15946 de 23-5-1928», tendo o ministro, por despacho de 23-01-1940, aprovado essa decisão.
Nasceu em 11-08-1899, em Lisboa. Sargento da Marinha de Guerra, foi preso em Vilar Formoso em 22-07-1940, por «estar pedida a sua captura em virtude de se ter evadido dos Serviços Auxiliares da Marinha», onde se encontrava detido à ordem da PVDE. Transferido, em 25-07-1940, para a sede da PVDE e entregue na Cadeia do Aljube, passou para a enfermaria entre 31-07-1940 e 15-08-1940.
Nasceu em 13-01-1915, em Trigaches, Beja. Militante comunista entre 1933 e 1975, foi preso em 1934, 1935, 1954 e 1958, percorrendo os principais cárceres do regime: diversas esquadras da PSP, Cadeia do Aljube, Fortaleza de Peniche, Depósito de Presos de Caxias e celas privativas da Subdiretoria do Porto da PVDE. Evadiu-se duas vezes: do Porto (03-10-1954) e de Peniche (03-01-1960). Condenado, em 30-11-1935, a 22 meses de detenção, embarcou, em 17-10-1936, para o Tarrafal, quando terminara na véspera a pena imposta pelo TME e tinha 21 anos.
Nasceu em 19-06-1905, em Almada. Estivador de porto e sindicalista, ligado ao movimento libertário e anarcossindicalista, foi preso em 30-01-1934, por estar implicado na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, ao promover a paralisação da fábrica Parry & Son, ter recebido uma bomba, que não chegou a utilizar, e fazer parte do grupo de apoio que protegeu os elementos que cortaram os cabos submarinos em Almada. Condenado pelo TME a 12 anos de degredo, ficando à disposição do Governo, embarcou, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo.
Nasceu em 07-04-1899, em Lisboa. Funcionário da alfândega de Lisboa, foi preso pela PVDE em 27-03-1942, «para averiguações», quando integrava a rede de espionagem anglo-portuguesa do «SOE» (Special Operations Executive, Seção H), mais conhecida por «Rede Shell» (identificado como agente H.500). Levado para uma esquadra, incomunicável, foi transferido, em 05-05-1942, para Caxias, e embarcou, em 20-06-1942, para o Tarrafal, sem ter sido julgado, ficando alojado fora do Campo.
Nasceu em 24-01-1904, em Lisboa. Fogueiro marítimo, com ligações aos libertários e ao PCP, foi preso em 07-07-1939, «para averiguações», e recolheu ao Aljube, acusado de ser «possuidor de uma credencial passada a seu favor pelo Comité Executivo da União Geral dos Trabalhadores de Barcelona» e «um elemento de absoluta confiança dos marxistas espanhóis».