Pedro de Matos Filipe

Fase I
RGP
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Nasceu em 19-06-1905, em Almada. Estivador de porto e sindicalista, ligado ao movimento libertário e anarcossindicalista, foi preso em 30-01-1934, por estar implicado na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, ao promover a paralisação da fábrica Parry & Son, ter recebido uma bomba, que não chegou a utilizar, e fazer parte do grupo de apoio que protegeu os elementos que cortaram os cabos submarinos em Almada. Condenado pelo TME a 12 anos de degredo, ficando à disposição do Governo, embarcou, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo. Dois anos depois, em 23-10-1936, seguiu para o Tarrafal, onde faleceu em 20-09-1937, vítima de biliosa, menos de 4 meses após a sua chegada, sem qualquer assistência médica ou farmacêutica, apesar de se queixar há muito. Tinha 31 anos e foi o segundo deportado a morrer no Campo. Segundo Acácio Tomás de Aquino, Pedro Matos Filipe «era um dos rapazes mais fortes do Acampamento» e, quando morreu, «estava reduzido a pele e osso».
Circunstâncias da morte

Militante libertário, foi preso na sequência da greve revolucionária do 18 de janeiro de 1934 e condenado em TME a 12 anos de degredo nas colónias. Seguiu para Angra do Heroísmo e, depois, para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde faleceu com 31 anos, em 20 de setembro de 1937.