Portugal

Nasceu em 03-04-1914, em Lisboa. Grumete artilheiro, aderiu, em 1934, à ORA e, nesse mesmo ano, controlou a célula do Corpo de Marinheiros. No ano seguinte, integrou o Secretariado da ORA e participou na «Semana de Agitação» organizada pelo PCP entre 25 de fevereiro e 2 de março. Preso em 30-04-1935, durante uma reunião no Jardim do Campo Santana, foi conduzido para uma esquadra, onde ficou incomunicável, e seguiu, em 25-05-1935, para o Aljube, a aguardar julgamento pelo TME.
Nasceu em 28-08-1907, em Lisboa. Compositor tipográfico, foi preso em 02-05-1937, «para averiguações», e levado, incomunicável, para uma esquadra. Transferido, em 11-05-1937, para a 1.ª esquadra, entrou, no dia seguinte, na Cadeia do Aljube e, em 05-06-1937, embarcou para o Tarrafal, onde adoeceu com a febre biliosa. Regressou em 20-02-1945 e seria conduzido para Caxias. Condenado pelo TME de 06-03-1945 a três anos de prisão, pena dada por expiada. Libertado em 07-03-1945.
Nasceu em 1902, em Lisboa ou Tondela. Impressor da Casa da Moeda, era militante do PCP. Preso em 25-04-1932, chegou a ser-lhe fixada residência obrigatória em Cabo Verde ou Timor, o que não sucedeu. Passou dezanove meses na Penitenciária de Lisboa, seguiu para Peniche e, em 19-11-1933, embarcou para Angra do Heroísmo. Julgado, em 24-08-1934, pela Secção dos Açores do TME, acusado de, em 1932, «ter tomado parte no fabrico, transporte, detenção e uso, para experiência, de bombas explosivas», seria condenado a doze anos de degredo.
Nasceu em 23-02-1909, em Aveiro. Alfaiate, foi entregue, em 09-05-1938, pelas autoridades espanholas no Posto de Galegos, por «indesejável». Seguiu para o Posto de Marvão e, no dia 10-05-1938, para a cadeia de Castelo de Vide, de onde foi solto em 22-05-1938. Detido novamente em 05-02-1939, recolheu ao Aljube, constando no seu Registo Geral de Presos que «exerceu vários cargos nas organizações avançadas espanholas» e «concebeu um atentado contra Sua Ex.ª o Presidente do Conselho, chegando a trabalhar no fabrico da bomba com que tencionava realizá-lo».
Nasceu em 04-05-1914, em Lisboa. Antigo marinheiro, assentou praça na Armada em 1936 e aquando da «Revolta dos Marinheiros», em 08-09-1936, era aluno de manobras no navio «Bartolomeu Dias». Entregue pelas autoridades de Marinha à PVDE, acusado do crime de «insubordinação», recolheu ao 3.º Posto da 14.ª esquadra, «Mitra», seguiu, em 18-09-1936, para a Penitenciária e, em 15-10-1936, seria condenado pelo TME a 4 anos de prisão, seguidos de 8 de degredo ou, em alternativa, a 16 anos de degredo.
Nasceu em 01-02-1898, em Arronches. 2.º sargento de Caçadores 2, participou, em 20-07-1928, na «Revolta do Castelo», foi preso e deportado, em 21-08-1928, para o «Campo de Concentração de Angola». Nos primeiros meses de 1929, embarcou, clandestinamente, de Angola para o Funchal, apresentou-se no Governo Militar e ficou à disposição do ministério do Interior. Preso pela Delegação da PVDE do Porto em 03-10-1936, «acusado de organizar grupos civis destinados a atuar num movimento revolucionário» com ligações à Maçonaria. Era, então, empregado de praça e residia no Porto.
Nasceu em 26-02-1906, em Lisboa. Carpinteiro, preso pela PIDE em 31-03-1947 e enviado para o Forte de Caxias, embarcou, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou incriminado, provavelmente por estar envolvido na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP. Ficou, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa seção diferente dos presos que já se encontravam no Tarrafal, vigiado por guardas da PIDE. Libertado em 30-09-1947, ficou a aguardar embarque para Lisboa.
Nasceu em 25-02-1918, em Macieira de Cambra, Vale de Cambra. Motorista, foi entregue pelo «Grupo de Companhias de Trem Automóvel» à PVDE, em 23-03-1942, e enviado para o Aljube. Punido, em despacho do subsecretário de estado da Guerra, Santos Costa, com 60 dias de pena de prisão disciplinar agravada e na indemnização do Estado, na importância de 3500$00, por avarias causadas no automóvel de que era condutor, deveria, segundo a mesma deliberação, ser encarcerado durante um ano no Tarrafal caso não pagasse a referida importância.
Nasceu em 18-08-1914, na Lousã. Grumete fogueiro, foi entregue pelas autoridades de Marinha à PVDE em 08-09-1936, acusado do crime de «insubordinação», por estar envolvido na «Revolta dos Marinheiros». Enviado para o 3.º Posto da 14.ª esquadra da PSP, «Mitra», seria transferido, em 18-09-1936, para a Penitenciária de Lisboa.
Nasceu em 13-12-1890, em Carvalhal Redondo, Nelas. Integrou, em 1917, o Corpo Expedicionário Português enquanto soldado da 4.ª Companhia. Comerciante, foi preso pela PSP de Lisboa em 01-05-1933 e entregue, no dia seguinte, à PVDE, «por suspeita de estar envolvido no lançamento de algumas bombas explosivas no Largo do Terreiro do Trigo», onde residia. Libertado em 10 de maio, voltou a ser preso em 22-03-1937, «para averiguações».