Portugal

«O Varino» Nasceu em 10-01-1904, em Estarreja. Quando eletricista, com residência em Lisboa, foi preso por diversas vezes durante a I República, nomeadamente em 23-05-1925, «como suspeita de ser agitador e como conhecido sindicalista», e em 30-07-1925, «por suspeita de querer atentar contra a vida do 2.º Comandante da P.S.P.», tendo sido deportado para Luanda por fazer parte das Juventudes Sindicalistas e integrar a Legião Vermelha.
Nasceu em 11-09-1912, em Almada. Corticeiro, membro da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e anarquista, participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso em 30-01-1934, acusado de ter procedido à «distribuição de bombas para serem utilizadas em Lisboa e outras localidades do País» e ter provocado, «com outros, a paralisação do trabalho em Almada», foi condenado, em 08-03-1934, a 14 anos de degredo, ficando à disposição do Governo.
Nasceu em 27-07-1910, em Lagos. Grumete de manobras no navio «Bartolomeu Dias» e militante do PCP, participou, em 08-09-1936, na «Revolta dos Marinheiros» planeada pela ORA. Acusado do crime de «insubordinação», foi entregue, nesse mesmo dia, pelas autoridades da Marinha à PVDE, sendo levado para o 3.º Posto da 14.ª esquadra, «Mitra». Transferido, em 18-09-1936, para a Penitenciária de Lisboa, seria condenado, em 13-10-1936, a 4 anos de prisão, seguidos de oito de degredo ou, em alternativa, a 16 anos de degredo.
Nasceu em 19-01-1913, em Alenquer. Trabalhador, com residência na Aldeia Gavinha, foi preso e entregue, em 07-07-1937, pela Administração daquele concelho à PVDE. Recolheu à 1.ª esquadra, dando início ao habitual périplo pelas diferentes prisões: Aljube (03-08-1937), 1.ª esquadra (20-10-1937), Caxias (06-12-1937), uma esquadra (31-03-1938), 1.ª esquadra (01-04-1938), Caxias (06-05-1938) e, novamente, 1.ª esquadra (06-12-1938).
Nasceu em 23-03-1899, em Montemor-o-Novo. Carpinteiro, com residência em Lisboa, estava, em setembro de 1933, referenciado pela PVDE como sócio da Gráfica Artística (ou tipografia Futurista Gráfica segundo o seu Cadastro), na Rua Antero de Quental, a qual fazia, com a sua colaboração, a impressão de manifestos e impressos clandestinos para a Confederação Geral do Trabalho. Esteve, em março de 1935, associado ao início da publicação clandestina da 4.ª série do jornal «A Batalha». Preso em 04-11-1936, «para averiguações», recolheu, incomunicável, à 4.ª esquadra.
«O Tamanqueiro» Nasceu em 18-02-1901, em São Paio de Carvalhal, Barcelos. Jornaleiro e/ou tamanqueiro, a residir e a trabalhar em Tuy, Espanha, de onde foi expulso por indocumentado. Preso na fronteira de Valença em 11-04-1935, passou para a cadeia da Comarca de Vila Nova de Cerveira e seria solto em 08-05-1935. Regressou clandestinamente a Espanha e expulso, sendo detido, em 27-09-1935, pelo Posto fronteiriço de Valença. Levado para a cadeia desta Comarca, seria transferido, em 02-10-1935, para os calabouços da Comarca de Vila Nova de Cerveira e libertado em 05-10-1935.
Nasceu em 11-02-1911, em Tomar. Grumete artilheiro no NRP «Bartolomeu Dias», foi entregue pelas autoridades da Marinha à PVDE em 08-09-1936, «por insubordinação», acusado de ter participado na «Revolta dos Marinheiros» que eclodiu nesse dia. Recolheu ao 3.º Posto da 14.ª esquadra, «Mitra», seguiu, em 18-09-1936, para a Cadeia Penitenciária de Lisboa e, em 14-10-1936, seria condenado na pena de 4 anos de prisão maior celular, seguidos de 8 de degredo ou, em alternativa, a 16 anos de degredo.
Nasceu em 13-02-1911, em Linda-a-Velha. Alistou-se, como voluntário, na Armada, era militante do PCP e integrou a ORA, sendo considerado pelo TME um dos dirigentes da «Revolta dos Marinheiros». Marinheiro artilheiro no NRP «Afonso Albuquerque», foi enviado pelo Comandante da PSP de Lisboa à PVDE em 08-09-1936, por estar «implicado no movimento revolucionário de 8 de setembro». Recolheu à 1.ª esquadra, passou, em 18-09-1936, para a Cadeia Penitenciária e, em 13-10-1936, foi condenado a 6 anos de prisão maior celular, seguidos de 10 de degredo ou, em alternativa, a 20 anos de degredo.
«O Joaquim da Pedra» Nasceu em 16-04-1892, em Sé, Lamego. Jornaleiro, seria julgado, à revelia, em 02-09-1938 e condenado a 4 anos de degredo. Enviado pelo Juíz de Direito da Comarca de Vila Real, deu entrada na sede da PVDE em 15-09-1939, por ter sido acusado pelo TME de «ser portador e ter feito uso de um punhal». Enviado para o Aljube, embarcou, em 19-09-1939, para o Tarrafal, fazendo parte daqueles deportados que não eram politizados, nem integravam nenhuma das organizações políticas prisionais, tendo sido enviados para o Campo acusados de possuírem proibidas.
Nasceu em 06-07-1906, em Coimbra. Polidor, com residência em Lisboa, foi preso em 10-03-1937, «por extremista», recolhendo, incomunicável, a uma esquadra. Transferido, em 05-04-1937, para a Cadeia do Aljube, seguiu, em 05-06-1937, para o Tarrafal. Regressou em 15-07-1940, entrou no Forte de Caxias e, no dia 30-07-1940, seria condenado pelo TME em 24 meses de prisão, dada por expiada. Libertado em 02-08-1940.