António Jacinto do Amaral Martins

Fase II

Nasceu em Luanda a 28-09-1934. Gerente comercial e escritor, envolvido em associações e publicações culturais («Mensagem» da ANANGOLA, «Cultura» da Sociedade Cultural de Angola), foi co-fundador dos clandestinos Partido Comunista Angolano e Partido da Luta Unida dos Africanos de Angola (PLUAA). Em 1959, na vaga de prisões da PIDE que originou os processos judiciais conhecidos como «Processo dos 50», foi detido, depois solto e novamente preso em finais de 1961, com Luandino Vieira e António Cardoso, por ligação ao MPLA. A sentença do Tribunal Militar Territorial (22-07-1963) por «crimes contra a segurança externa do Estado» foi das mais pesadas para não combatentes: 14 anos de prisão e medidas de internamento de 6 meses a 3 anos. Chegou ao Tarrafal a 13-08-1964. Ali deu aulas a outros presos e inspirou alguns a serem escritores. Saiu a 24-06-1972, em liberdade condicional, com 5 anos de residência fixa na «Metrópole», de onde fugiu, juntando-se ao MPLA no Congo-Brazzaville, base da guerrilha em Cabinda. Foi o primeiro Ministro da Educação e Cultura de Angola.

Sobreviver em Tarrafal de Santiago
Memórias
Autor: António Jacinto
Edição: Instituto Nacional do Livro e do Disco, Luanda, 1985