Virgílio Martins ou Virgílio Celestino Oliveira Martins

Fase I
RGP
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Nasceu em 27-10-1907, em Lisboa. Preso pelo Comando da PSP de Lisboa e entregue à PVDE em 29-01-1934, acusado de ser militante do PCP e ter feito propaganda da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934 junto dos operários da Administração do Porto de Lisboa. Foi-lhe apreendida uma pistola e respetivas munições, pertença de um guarda da PSP, então desarmado, e «um pedaço de carvão com que nas paredes das escadas e prédios da cidade desenhava a foice e o martelo». Condenado, em 08-03-1934, a 4 anos de degredo, embarcou, em 23-09-1934, para Angra do Heroísmo e, em 23-10-1936, seguiu para o Tarrafal, onde integrou a OCP e, depois, a Organização dos Comunistas Afastados. Apesar de ter cumprido, em 1938, a pena a que fora condenado, continuou em prisão preventiva por decisão da PVDE (ofício da SPS de 08-03-1938). Regressou em 20-02-1945, saindo em liberdade. Há no Museu Nacional Resistência e Liberdade - Peniche, um par de tairocas por si feitas no Tarrafal para se defender da terra escaldante que lhe queimava os pés.