Mário Soares

Nasceu em Bula em 1943. Professor da missão católica, aderiu ao PAIGC em março de 1961. A 28 de junho de 1962 foi preso por militares do Batalhão de Caçadores 237. Depois de um mês preso em Tite, seguiu para a Ilha das Galinhas, por mais um mês. Em setembro integrou um grupo de cem presos transferidos para o Tarrafal, no navio África Ocidental. Ali trabalhou como servente na reparação das casernas e residências dos guardas e fez parte de um grupo musical: «Comussa – Conjunto Musical do Sentimento Africano». Entrou no Tarrafal a 4 de setembro de 1962. Apesar do seu «bom comportamento», consideravam-no «perigoso e irrecuperável». Sairia em julho de 1969, entre os últimos guineenses no campo. Chegados à Guiné, «fomos metidos na sede da PIDE e noutro dia levados para o Palácio, onde estava o Spínola. Ele discursou e o nosso mais velho, Rafael Barbosa, também (…) Depois viemos a saber que alguns dos nossos companheiros foram para o mato e tomaram parte na morte do nosso líder».