Mário dos Santos Castelhano

Fase I
RGP
140

Nasceu em 31-05-1896, em Lisboa. Empregado de escritório. Destacado dirigente anarcossindicalista e da CGT, participou, após o golpe militar de 1926, na reorganização do Conselho Confederal da CGT, sendo eleito responsável do novo secretariado e redator-principal de «A Batalha». Preso em outubro de 1927, seria deportado para Angola no mês seguinte, ficando em Vila Nova de Seles (atual Uku-Seles). Passou, em setembro de 1930, para os Açores e, em 06-04-1931, para a Madeira, participando na «Revolta das Ilhas». Regressou clandestinamente ao Continente e, no âmbito da CGT, integrou o grupo que preparou a greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso em 15-01-1934, foi condenado, em 08-03-1934, a 16 anos de degredo e, em 08-09-1934, embarcou para Angra do Heroísmo. Transferido, em 23-10-1936, para o Tarrafal, desempenhou papel preponderante na organização prisional dos libertários e na sua unificação ideológica, cabendo-lhe, ainda, estabelecer ações convergentes com os comunistas. Sofria, desde Angra do Heroísmo, de patologia intestinal e faleceu em 12-10-1940, com 50 anos, depois de quase duas semanas de sofrimento com febre e sem assistência médica e medicamentosa. 

Quatro Anos de Deportação
Memórias
Autor: Mário Castelhano
Edição: Seara Nova, Lisboa, 1975

Mário Castelhano - Esboço biográfico
Memórias
Autor: Manuel Henriques Rijo
Edição: Portal Anarquista

Circunstâncias da morte

Dirigente da CGT anarco-sindicalista, foi preso mais uma vez a 15 de Janeiro, três dias antes da data de eclosão da greve geral revolucionária, foi condenado pelo Tribunal Militar Especial, a 16 anos de degredo. Embarcou em 8 de Setembro de 1934, com destino à Fortaleza de S. João Baptista, em Angra do Heroísmo e, em 23 de Outubro de 1936, foi levado para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde virá a morrer, a 12 de Outubro de 1940, aos 44 anos de idade.