Manuel dos Santos

Fase I
RGP
357
Nasceu em S. Bartolomeu, Coimbra. Comerciante de cereais e legumes, foi preso quando teria 32 anos, por guardar material explosivo «destinado à revolução de 18 de janeiro». Deu entrada no Aljube em 12-01-1934 e passou por diversos cárceres: Peniche (20-03-1935), 1.ª esquadra (28-06-1935) e, de novo, a Cadeia do Aljube (06-07-1935). Condenado, em 06-07-1935, a 10 anos de degredo, ficando à disposição do Governo, recorreu e, em 13-07-1935, foi-lhe reduzida a pena para 5 anos de deportação. Transferido, em 29-11-1935, para Peniche, requereu ser abrangido pela amnistia concedida pelo Decreto n.º 26636, mas foi-lhe negada por despacho do ministro do Interior (04-01-1937). Seguiu, em 30-10-1937, para o Aljube e, em 06-11-1937, embarcou para o Tarrafal, de onde regressou em 20-02-1945 e recolheu ao Aljube. Entregue, em 03-03-1945, às Cadeias Centrais da Comarca de Lisboa. Apresentou-se, em 02-04-1945, na PVDE, sendo portador de uma guia da Direção Geral dos Serviços Prisionais, por lhe ter sido concedida a liberdade condicional por despacho do ministro da Justiça de 09-03-1945. Voltou a residir em Coimbra. Manuel Firmo, Nas trevas da longa noite, Europa-América, 1975