Gabriel Pedro

O Samouco
Fase I
RGP
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«O Samouco» Nasceu em 22-04-1898, em Lisboa. Marítimo e fragateiro, participou, durante a I República, em atentados e assaltos, refugiando-se, em fevereiro de 1926. em Luanda, passando depois por Bolama, na Guiné, e seguindo para a Cidade da Praia, em Cabo Verde, onde seria capturado e enviado para Lisboa. Passou pelos calabouços do Governo Civil, do Limoeiro e do Forte de Monsanto e, em 1927, foi deportado para a Guiné, acusado de pertencer à Legião Vermelha. Fugiu, procurou asilo em Espanha, regressou e detido, seria deportado, em maio de 1928, para a Guiné, onde permaneceu até à «Revolta das Ilhas» (1931). Fixou-se em Sevilha, filiou-se no Partido Comunista Espanhol e, em 1932, formalizou a ligação ao PCP. Durante a greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, participou nos acontecimentos de Xabregas e de Chelas: preso em 29-01-1934 e levado para a Trafaria, seria condenado, em 08-03-1934, a 10 anos de degredo. Embarcou, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo e, em 23-10-1936, seguiu para o Tarrafal, onde foi perseguido, integrando a «brigada brava» e totalizando mais de uma centena de dias na «frigideira». Tentou a fuga em maio de 1943, foi capturado e «torturado cruelmente». Libertado em 09-12-1945, regressou em 01-02-1946, instalou-se em Almada e emigrou para França. Mais tarde, Em 1970, já com 72 anos, regressou a Portugal para integrar a ARA, participando na colocação de explosivos no navio «Cunene». Faleceu em 02-02-1972, em Paris. Pai de Edmundo Pedro.