Nasceu em 30-04-1890, em Grijó. Industrial talhante, de orientação socialista e simpatizante libertário, vivia e trabalhava em Ferrol, juntamente com filhos Domingos e Patrício. Entregue, em 28-08-1936, no posto fronteiriço de Valença, à Guarda Fiscal e à PVDE, foi identificado como tendo tomado «parte ativa no movimento revolucionário comunista». Levado para a cadeia da Comarca de Valença, seria transferido, em 05-09-1936, para a Delegação da PVDE no Porto e, de seguida, para Caxias. Sem qualquer julgamento ou condenação, embarcou em 17-10-1936, com os filhos, para o Tarrafal, onde se identificou com o «grupo dos galegos» - portugueses que viviam e trabalhavam na Galiza - expulsos de Espanha. Embora nunca tivesse sido magarefe, foi ele quem matou, de forma muito rude, os primeiros animais abatidos pelos deportados. Faleceu em 22-09-1937, com 47 anos de idade, vítima de febre palustre e sem qualquer tratamento médico e medicamentoso. Não chegou a completar um ano de Tarrafal, integrando o grupo dos seis deportados que morreram entre 20 e 24-09-1937.
Circunstâncias da morte
O industrial Francisco Quintas foi entregue, com os seus dois filhos, à PVDE pelas autoridades fascistas, no início da Guerra Civil de Espanha, sendo enviados para o Tarrafal. Padecendo de febre palustre e sem tratamento médico e medicamentoso, viria a falecer no Tarrafal, aos 47 anos de idade, a 22 de setembro de 1937. Os filhos permaneceram no Tarrafal, só sendo finalmente libertados em outubro de 1945.