Fernando Alcobia

Fase I
RGP
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Nasceu em 15-02-1914, em Lisboa. Vendedor de jornais, era militante da Federação das Juventudes Comunistas Portugueses e do PCP. Em 16-06-1935, numa ação política, chegou a ser detido, mas conseguiu fugir por um seu camarada, José Machado Pinto, ter disparado contra o agente da PSP. Refugiou-se em Espanha e preso pela Guarda Civil, por estar indocumentado, foi entregue à Guarda Fiscal de Elvas. Levado para a PVDE em 03-12-1935, por ser cúmplice naquele homicídio, recolheu a uma esquadra. Transferido, em 27-12-1935, para Peniche, iniciou o circuito entre cárceres: 1.ª esquadra (04-02-1936), Peniche (18-03-1936), Aljube (06-05-1936), outra esquadra (23-07-1936), 1.ª esquadra (14-08-1936) e Cadeia do Aljube (27-08-1936), de onde procurou evadir-se através da «abertura de um buraco na parede da casa de banho da sala n.º 3». Transferido para a 1.ª esquadra (27-08-1936), regressou, em 08-09-1936, ao Aljube e, em 17-10-1936, sem julgamento, embarcou para o Tarrafal, onde suportou a «frigideira», o trabalho forçado na «brigada brava» e constantes maus-tratos. Atravessou períodos de grande sofrimento, sem qualquer assistência médica, até 15-12-1939, quando adoeceu com uma biliosa. Faleceu em 19-12-1939, com 25 anos.
Circunstâncias da morte

Vendedor de jornais e militante da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas e do PCP, foi violentamente torturado pela polícia política e enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde onde, em grande sofrimento e sem assistência, morreu a 19 de dezembro de 1939, com 24 anos de idade.