Nasceu em Mansoa a 5 de março de 1936 (?) De etnia Mansoanca, muçulmano, lavrador, com a 2ª classe, casado e pai de três filhos. Mobilizado por Sancum Cissé, da rede de Rafael Barbosa, aderiu ao PAIGC em fevereiro de 1962.
Preso pela PIDE em 18 de março, na tabanca de Mancalan, foi torturado na Segunda Esquadra, em Bissau. Enviado para a Ilha das Galinhas seguiu, depois, para o Tarrafal:
«Na fase inicial, não tínhamos sequer recreio. (…) Começámos a inchar, e morreram dois de nós – Cutubo Cassamá e Biaba Na Abué».
Depois disso passaram a ter recreio e foi-lhes distribuída mancarra. Com o estômago enfraquecido pela tortura, Carlos Sambu «só comia batata e cinco litros de leite por dia».
Trabalhou como pintor em obras no interior do campo e integrou, com outros presos guineenses, o COMUSSA – Conjunto Musical do Sentimento Africano – tocando tumba.
Em 1964 é descrito como tendo «bom comportamento», mas «absolutamente irrecuperável».
Regressa à Guiné em 1969. Após a independência, trabalhou na Polícia, em Mansoa. Dedicou-se depois ao cultivo de caju.