Portugal

Nasceu em 25-10-1896, em São Martinho de Candoso, Guimarães. Cordoeiro, a residir em Lisboa, foi preso em 20-04-1937, «por extremista». Recolheu, incomunicável, a uma esquadra, passou, em 02-05-1937, para a 1.ª esquadra, e seguiu, em 02-06-1937, para o Aljube, a fim de embarcar, em 05-06-1937, para o Tarrafal, sem julgamento. Regressou em 15-07-1940 e entrou no Forte de Caxias. Julgado em 30-07-1940 e condenado a 24 meses de prisão, pena dada por expiada, saiu em liberdade em 02-08-1940. Preso novamente em 30-10-1944, quando era guarda da noite, «para averiguações».
Nasceu em 19-01-1920, em Monte Pedral, Lisboa. Servente, foi entregue pela PSP de Lisboa na PIDE, «para averiguações», em 09-04-1947. Enviado para Caxias, embarcou para o Tarrafal dois dias depois, em 11-04-1947, sem qualquer condenação. Terá participado na greve desencadeada nas construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, preparada pelo PCP. Vigiado por guardas da PIDE, permaneceu, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa seção diferenciada daqueles que já se encontravam no Campo.
«O Martins» ou «O Bigodinho» Nasceu em 25-04-1910, em Covas, Vila Nova de Cerveira. Carpinteiro, foi entregue pela PSP na PIDE, «para averiguações», em 09-04-1947. Levado para Caxias, embarcou, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou incriminado, provavelmente por estar envolvido na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, organizada pelo PCP. Ficou, tal como os outros deportados na mesma circunstância, numa seção diferente dos presos que já se encontravam no Tarrafal, vigiado por guardas da PIDE.
Nasceu em 28-07-1893, em S. Vicente. Vendedor ambulante, foi entregue pela PSP de Évora à PVDE em 17-08-1938 e recolheu à 1.ª esquadra. Iniciou, então, o périplo por vários cárceres: Caxias (29-09-1938), Peniche (22-10-1938), Aljube (09-12-1938), enfermaria do Aljube (13-12-1938 a 27-01-1939) e Caxias (25-02-1939). Julgado pelo TME em 12-04-1939 e condenado a 4 anos de prisão, passou pela 1.ª esquadra (12-04-1939) e Caxias (15-04-1939), onde regressou, acusado de mau comportamento no Aljube, fazer propaganda contra o Estado Novo e agredir com brutalidade outro preso.
Nasceu em 10-08-1890, em Beja. Sapateiro, foi preso pela PSP de Beja e entregue à PVDE em 23-11-1935, enquanto «comunista». Levado para uma esquadra, passou pelo Aljube (04-02-1936), 25.ª esquadra (11-02-1936), Aljube (22-02-1936), Peniche (28-04-1936) e 1.ª esquadra (14-07-1936). Condenado, em 15-07-1936, a 20 meses de prisão, regressou, em 17-04-1936, a Peniche e retomou o circuito entre presídios: 1.ª esquadra (27-10-1936), Aljube (18-11-1936) e Peniche (20-11-1936), de onde saiu em 21-11-1937.
Nasceu em 28-04-1910, em Lisboa. Serralheiro, preso pela PIDE, «para averiguações», em 10-04-1947 e enviado para a Cadeia do Aljube. Embarcou, em 11-04-1947, para o Tarrafal, sem ter sido julgado ou incriminado, tendo, presumivelmente, participado na greve dos trabalhadores das construções e reparações navais dos estaleiros de Lisboa, dinamizada pelo PCP. Tal como os outros presos na mesma circunstância, ficou em instalações diferentes diferente dos que que já se encontravam no Campo. Libertado em 30-09-1947, ficou a aguardar embarque e regressou, em 07-11-1947, no vapor «Guiné».
Nasceu em 13-02-1908, em Lisboa. Caldeireiro, foi preso no posto fronteiriço de Beirã, em 14-11-1940, levado para a 1.ª esquadra e, em 20-11-1940, seguiu para o Aljube. Transferido, em 27-12-1940, para o Reduto Norte do Depósito de Presos de Caxias, embarcou, em 17-06-1941, para o Tarrafal, sem ter sido julgado. Regressou em 20-02-1945 e saiu em liberdade neste dia.
Nasceu em 19-12-1896, em Lisboa. Pintor, pertenceu às Juventudes Sindicalistas. Detido em 28-03-1928, foi deportado para a Guiné em 04-05-1928, de onde se evadiu. Capturado em 08-07-1928, passou, em 21-08-1928, para Moçambique. Transferido para Cabo Verde, foi-lhe então fixada residência em Timor, escapando-se na viagem. Detido em 18-02-1932, evadiu-se, em 04-04-1932, do Aljube. Acusado da morte do guarda António Lopes, seria condenado a 28 anos de prisão. Enquanto anarquista, envolveu-se, em Almada, na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934.
Nasceu em 24-04-1914, no lugar de Paul, Torres Vedras. 2.º artilheiro da Armada, foi um dos reorganizadores da ORA no início de 1936, pertenceu ao seu Secretariado e participou na sublevação de 08-09-1936, estando indiciado como um dos sete praças e marinheiros que a dirigiram. Preso pela GNR em Cacilhas, levado para o Forte de Almada e entregue pelo Comando Geral da Armada à da PVDE em 11-09-1936, ingressou, incomunicável, numa esquadra.
Nasceu em Lisboa, provavelmente em 1911. Serralheiro mecânico no Arsenal da Marinha, militou na Federação das Juventudes Comunistas Portugueses, a que aderiu em 1929, e no PCP. Em representação daquela, partiu, em agosto de 1931, para Moscovo, onde frequentou a Escola Leninista e permaneceu dezassete meses: executou tarefas, redigiu relatórios, assistiu a reuniões da Internacional Comunista e relacionou-se com outros representantes do PCP. Regressou em novembro de 1932 e, procurado, foi capturado em 09-07-1933.