Guiné-Bissau

«Corrona» Nasceu em Bolama a 20 de setembro de 1938. De etnia Papel, católico, solteiro, com o 2ºgrau de instrução, condutor-auto, era 1º cabo do Exército à data da prisão pelos Serviços Militares, em Bolama, a 18 de julho de 1962. Entrou no Tarrafal a 4 de setembro seguinte. O seu comportamento prisional foi classificado de «regular», mas uma informação de 1968 diz que, «depois de alguns anos de atitudes que denotavam absoluto nervosismo, passou a comportar-se como alienado mental. Em 1967, o clínico assistente do Campo de Trabalho foi de parecer que se tratava de um caso de «simulação».
Nasceu em Bissau, a 10 de abril de 1932. De etnia Papel, segue a religião protestante. Pai de 2 filhos, com o 2º grau de instrução, microscopista na Missão de Combate à Tripanossomíase. Aderiu ao P-A.I. em dezembro de 1961, foi preso pela PIDE em Mansoa, em 18 de março seguinte e enviado para o Tarrafal em setembro de 1962. Em 1968, o diretor do Tarrafal refere a sua reabilitação e o seu «bom comportamento prisional», e acrescenta: «Tem prestado muito boa colaboração nas obras do Campo de Trabalho, sendo um razoável carpinteiro. É respeitador e disciplinado». Regressa à Guiné em 1969.
Nasceu em Bolama, a 20 de fevereiro de 1932. De etnia Papel, católico, solteiro, com a 4ª classe, enfermeiro dos Serviços de Saúde. Aderiu ao P.A.I. em 1961. Detido pelos Serviços Militares em Canhamina, a 1 de julho de 1962, dá entrada no Tarrafal a 4 de setembro do mesmo ano. Classificado com «comportamento regular», em 1968 é descrito como «não reabilitado e constitui perigo para a sociedade o seu regresso à Guiné». Regressa em 1969.
Nasceu em Bolama, em 1931 (?). Alfaiate. Aderiu ao P.A.I. em março de 1962 e foi preso pelos Serviços Militares em Empada, em 29 de junho. Passou por Tite e pela Ilha das Galinhas e chegou ao Tarrafal em 4 de setembro do mesmo ano. Visto como tendo «bom comportamento» e «susceptível de vir a recuperar-se». Regressa à Guine em 1969.
Nasceu em Bolama a 11 de novembro de 1932. De etnia Mancanha, católico, solteiro, com o 2ºgrau de instrução, auxiliar de encadernação na Imprensa Nacional. Filiado no P.A.I. desde 1960, foi preso a 18 de julho de 1962, no seu local de trabalho, transferido para Tite e deportado para o Tarrafal em setembro desse ano. Embora lhe seja atribuído «Bom comportamento prisional», não é considerado «reabilitado», «constituindo perigo para a sociedade o seu regresso à Guiné». Regressa em 1969.
Nasceu em Bolama, a 1 de janeiro de 1937. De etnia Mancanha, católico, solteiro, com o 2º grau de instrução, auxiliar de fundidor de «monotype» da Imprensa Nacional. Aderiu ao P.A.I. em março de 1962, e foi preso pelos Serviços Militares de Tite, pouco depois, a 18 de julho, Entrou no Tarrafal a 4 de setembro do mesmo ano. Embora lhe seja atribuído «bom comportamento prisional», é considerado «um convicto terrorista», não «reabilitado», podendo «constituir perigo para a sociedade o seu regresso à Guiné na actual conjuntura». Regressa à Guiné em 1969.
Data aproximada da primeira prisão 1962 Natural do Norte da Guiné, sector de Bissorã, secção de Binar, fez parte do grupo de 100 presos guineenses que, depois de uma passagem pela prisão da Ilha das Galinhas, foi transferido, a bordo do navio «África Ocidental», para o Campo de Concentração do Tarrafal (que passou a ser denominado «Campo de Trabalho de Chão Bom» na Portaria n.º 18 539, de 17-06-1961, assinada pelo ministro do Ultramar, Adriano Moreira). Cotubo Cassamá chegou ao Tarrafal a 4 de setembro de 1962.
Nasceu em Cacheu, a 20 de outubro de 1927. De etnia Balanta, católico, sabendo ler e escrever, carpinteiro, casado «segundo os usos e costumes», pai de cinco filhos. Aderiu ao P.A.I a 18-04-1962. Preso pelos Serviços Militares em Susana, circunscrição de S.