Abílio Gonçalves

Fase I
RGP
12
Nasceu em 16-10-1911, em Vinhó, Arganil. Em Lisboa, foi marçano e aprendeu o ofício de padeiro, tornando-se amassador. Filiado na Aliança Libertária Portuguesa, integrou a direção da Associação de Classe dos Manipuladores de Pão e pertenceu à sua Comissão Administrativa. Empregado numa padaria da Rua D. Pedro V, participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, sendo preso nesse dia, acusado de ter à guarda bombas de dinamite e material de propaganda. Espancado durante os interrogatórios e transferido para o Presídio Militar da Trafaria, o TME, de 24-03-1934, condenou-o a dez anos de degredo, ficando à disposição do Governo. Embarcou, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo, onde sofreu novas torturas e conheceu a a cela disciplinar designada «poterna». Enviado, em 23-10-1936, para o Tarrafal, suportou dezenas de dias de internamento na «frigideira». Abrangido pela amnistia de 18-10-1945, regressou em 01-02-1946, saiu em liberdade, partiu para Moçambique e, depois, estabeleceu-se na Suazilândia. Voltou depois do 25-04-1974, reatando ligações com os libertários. Faleceu em 20-01-2004, com 92 anos, em Pinheiro de Loures, onde estabelecera um restaurante e residia.