António Guerra

Fase I
RGP
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Nasceu em 23-06-1913, na Marinha Grande. Empregado do comércio, aderiu, aos 16 anos, ao PCP e, em 1931, participou na criação do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Vidro. Participou, em 18 de janeiro de 1934, na ocupação da estação telégrafo-postal da Marinha Grande e obteve a rendição do posto da GNR. Andou fugido quatro dias, entregou-se e, espancado e torturado, seguiu, em 27-01-1934, para a PVDE de Lisboa. Condenado, enquanto «chefe da rebelião», a 20 anos de degredo, ficando à disposição do Governo, seguiu, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo e, em 23-10-1936, para o Tarrafal. Ao fim de sete anos de paludismo, trabalho forçado na «brigada brava», castigos na «frigideira» e alimentação inqualificável, a saúde começou a deteriorar-se. Regressou em 27-01-1944, seguiu para o Hospital Júlio de Matos e, entre 02-02-1944 e 23-05-1944, circulou entre Caxias, Aljube e Peniche. Posto à disposição do ministério da Justiça em 31-12-1945, tentou, no início de 1948, uma fuga. Reingressou no Tarrafal e, praticamente cego, faleceu em 28-12-1948, vítima de tuberculose e paludismo. Tinha 35 anos.
Circunstâncias da morte

Um dos dirigentes da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934 na Marinha Grande, morre no Campo de Concentração do Tarrafal, a 28 de dezembro de 1948, para onde fora mandado pela segunda vez, após 14 anos de prisão.