«Amado Ferrel»
Nasceu em Ponta do Inglês, Guiné-Bissau, a 11 de março de 1938. De etnia Papel, católico, solteiro, com o 2º ciclo liceal, funcionário aduaneiro. Aderiu ao P.A.I. em outubro de 1961, trabalhando na mobilização com Rafael Barbosa. Preso a 15 de março de 1962, passou pela Segunda Esquadra, em Bissau, e pela prisão de Mansoa. Chegou ao Tarrafal num grupo de cem pessoas, a 4 de setembro de 1962.
Uma oferta da Cruz Vermelha permitiu criar uma pequena biblioteca no Campo e requisitarem livros para ler. Quase todos aproveitaram para estudar, mas os angolanos foram autorizados a fazer exames, os guineenses não: «O trato não era igual».
Reenviado para a Guiné em 1969, nunca foi julgado: «No dia 3 de agosto de 1969, levaram-nos para o palácio, onde estava o governador Spínola, fizeram-nos um discurso, e pronto, ‘estão livres’». Eu era funcionário das Alfândegas, não me reintegraram e fui trabalhar para as Finanças».
Depois da independência serviu na carreira diplomática. Foi embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa.