António de Jesus Branco ou António de Jesus

António Lindinho
Fase I
RGP
3404
«António Lindinho» Nasceu em 25-12-1906, em Carregosa, Vagos. Descarregador no Porto de Lisboa, foi detido em 26-08-1931, «por suspeita de ter tomado parte no movimento revolucionário deste dia» e libertado por «falta de provas». Preso e entregue, em 19-01-1932, pela PSP de Lisboa, «por suspeita de estar implicado numa tentativa de homicídio», ocorrida em dezembro de 1930, em Alferrarede. Enviado ao Juiz da Comarca de Abrantes, entrou, em 17-07-1932, na Seção de Vigilância Política e Social da Polícia Internacional e seria libertado em 08-12-1932, por ter sido amnistiado. Em março de 1935, a PVDE procurava capturá-lo, enquanto «elemento extremista bastante perigoso», estando em ligação com a comissão organizadora do Sindicato Unitário da Indústria do Vestuário. Preso em 12-07-1936, recolheu a uma esquadra, foi transferido, em 20-08-1936, para a 1.ª esquadra e, uma semana depois, entrou no Aljube. Embarcou, em 17-10-1936, para o Tarrafal, sem julgamento, onde permaneceu seis anos, acamado e dependente dos companheiros durante os últimos dias. Debilitado pelo paludismo e pela tuberculose, sem a devida assistência médica, faleceu em 28-12-1942, com 36 anos.
Circunstâncias da morte

Servente. Da sua ficha prisional, não consta a deportação anterior para Timor, que teria sido provocada por ter fome e pedir pão. 
Em 5 de junho de 1937, embarcou para o Tarrafal, em Cabo Verde, onde contraíu paludismo e biliosa. Sem assistência médica nem medicamentosa, só baixou à enfermaria nos últimos três dias de vida, onde permaneceu até falecer no dia 11 de novembro de 1942, aos 37 anos de idade.