Natural de Berlim. Marinheiro, com 33 anos, foi preso pela PVDE em 28-09-1939, por estar indocumentado. Recolheu à 1.ª esquadra e, em 24-11-1939, passou para Caxias. Por ter «desertado do vapor «Las Palmas», de que era tripulante, encontrando-se indocumentado, tendo-se recusado a abandonar Portugal e embarcar para a sua Pátria» e ser «considerado um indivíduo suspeito e indesejável, tendo tido um péssimo comportamento no D. P. de Caxias», o ministro do Interior, Mário Pais de Sousa, por despacho de 02-05-1940, determinou «a sua transferência para a Colónia Penal de Cabo Verde». Embarcou, em 21-06-1940, para o Tarrafal, foi instalado no «porta-aviões», barraca onde os «rachados» gozavam de algumas concessões e, em 28-05-1941, intentou uma fuga por mar com Erich Willy Rindfleisch, por gozar de alguma liberdade fora do Campo. Capturado, seria, então, interrogado, selvaticamente espancado a cavalo-marinho e encerrado na «frigideira». Regressou em 27-01-1944, entrou no Hospital Júlio de Matos e seguiu, em 02-02-1944, para Caxias. Enviado para Peniche em 09-02-1944, foi libertado nesse mesmo dia. Ficou com residência fixa em Peniche.