Nasceu em 1912, Monte Pedral. Ajudante de farmácia, integrava, desde 1931, a FJCP, encontrando-se referenciado pela polícia. Participou na reorganização daquela, assegurou a impressão de manifestos, procedeu à sua distribuição, garantiu ligações com a província, incentivou a formação de células no Exército e integrava as chamadas «Brigadas de Choque». Preso em 24-04-1932, na serra de Monsanto, o ministro do Interior fixou-lhe residência na ilha Terceira, por ser «elemento de uma atividade extraordinária e perigosíssima», ficando a aguardar o embarque na Penitenciária. Em 10-08-1932, foi decidido que seguisse para Cabo Verde ou Timor. Condenado, em 20-10-1934, a dez anos de degredo, acusado de, em 1932, participar no fabrico, transporte e uso, para experiência, de bombas. Interpôs recurso, mas a sentença seria confirmada em 03-11-1934. Levado para Peniche (19-12-1934) e Aljube (20-03-1935), embarcou, em 23-03-1935, para Angra do Heroísmo. Seguiu, em 23-10-1936, para o Tarrafal, onde adoeceu com a biliosa e se revelou um auxiliar precioso do enfermeiro Virgílio de Sousa. Abrangido pela amnistia de 18-10-1945, regressou em 01-02-1946, saindo em liberdade.