José Manuel Alves dos Reis

Fase I
RGP
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Nasceu em 17-02-1894, em Setúbal. Residia no Montijo, onde foi marceneiro e, mais tarde, proprietário de uma taberna. Libertário, terá tido ligações com ativistas da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Entregue, em 13-12-1936, pelo Administrador do Concelho do Barreiro à PVDE, recolheu, incomunicável, a uma esquadra. Transferido, em 30-12-1936, para a 1.ª esquadra, entrou, no dia seguinte, no Aljube, passou, em 17-03-1937, para Peniche e, em 01-06-1937, regressou ao Aljube. Embarcou para o Tarrafal em 05-06-1937, sem ter sido julgado ou condenado, nem perceber a razão da detenção. Durante os sete anos que ali sobreviveu, passou dias na «frigideira» e a sua saúde degradou-se: «dependia da ajuda dos companheiros, para se recostar nos travesseiros, para comer, para lhe lavarem a roupa, os pratos, as colheres». Com problemas de estômago, passou oito meses na enfermaria e, apesar das constantes queixas, não obteve do médico qualquer intervenção clínica atempada. Faleceu em 11-06-1943, com 49 anos. José Severino de Melo Bandeira foi um dos deportados que o tratou até ao fim, auxiliando-o nas suas necessidades.
Circunstâncias da morte

Marceneiro e libertário, foi entregue à PVDE pelo Administrador do Concelho do Barreiro. Sem nunca sequer ser "julgado", segue para o Tarrafal a 5 de junho de 1927, vindo a morrer, no dia 11 de junho de 1943, com a idade de 49 anos, quando já  "dependia da ajuda dos companheiros, para se recostar nos travesseiros, para comer, para lhe lavarem a roupa, os pratos, as colheres".