«O João da Quinta»
Nasceu em 09-05-1911, em Vila Real de Santo António. Desenhador litógrafo na sua terra e militante do PCP desde 1933, esteve envolvido nos preparativos locais da greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934. Preso e entregue pela PSP de Faro à PVDE em 03-02-1934, seria levado para a 1.ª esquadra, em Lisboa. Condenado, em 07-04-1934, a 14 anos de degredo, ficando à disposição do Governo, acusado de ter participado em reuniões e transportado bombas. Interpôs recurso, mas a sentença seria confirmada em 16-04-1934. Embarcou, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo e, em 23-10-1936, seguiu para o Tarrafal, onde integrou a OCP, desenhou, voluntariamente, as letras das lápides dos companheiros falecidos e trabalhou na «brigada brava». Entregue, em 31-12-1945, ao ministério da Justiça, entrou, em 19-08-1950, em Peniche. Em 17-03-1951, foi-lhe permitida a liberdade condicional por quatro anos, com residência fixada na sua terra e sob vigilância da GNR. Em 28-05-1955, aquela foi prorrogada por três anos e a definitiva só lhe seria concedida em 31-03-1958. Emigrou para França, país onde permaneceu depois de 1974.