Nasceu em Silves, em 05-10-1905. Corticeiro, participou na greve revolucionária de 18 de janeiro de 1934, pertencendo ao núcleo comunista. Preso e entregue, em 22-02-1934, pela Polícia de Faro à PVDE, «por fazer propaganda de ideias subversivas por meio de reuniões de uma célula comunista em Silves» e «fabricar bombas explosivas», passou pela 1.ª esquadra e seguiu, no dia 24, para a Casa de Reclusão da Trafaria. Condenado, em 30-05-1934, a 12 doze anos de degredo, ficando à disposição do Governo, embarcou, em 08-09-1934, para Angra do Heroísmo. Seguiu, em 23-10-1936, para o Tarrafal, onde adoeceu com a febre biliosa, que o deixou magríssimo. Contribuiu para a construção de filtros de pedra vulcânica e porosa a fim de minorar, de forma artesanal, os efeitos da água insalubre dada aos presos. Regressou em 01-02-1946, entrou no Aljube e, no dia seguinte, seria entregue às Cadeias Civis Centrais de Lisboa. Transferido para Peniche, participou, em 20-09-1946, numa fuga coletiva através de uma claraboia existente nas casamatas. Radicou-se em Marrocos, vivendo com o nome «Cabrita».